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Perondi: “Câmara vai aprovar reforma na Previdência até 4 de maio”

Vice-líder do governo na Casa prevê o “juízo final” para as contas públicas se a proposta for rejeitada

atualizado

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Darcísio Perondi
1 de 1 Darcísio Perondi - Foto: Divulgação

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcíso Perondi (PMDB-RS) afirmou nesta terça-feira (14) que não há diferença de calendário entre o pretendido pelo Palácio do Planalto e o que está sendo alinhado no Congresso Nacional para a reforma da Previdência Social. “Aprovaremos a reforma na Câmara até fim de abril, no máximo primeira semana de maio (no plenário)”, disse, durante workshop com jornalistas.

O deputado prevê que o texto será aprovado até 4 de maio, um quinta-feira — normalmente, não há sessões na Câmara às sextas. “Os números são verdadeiros, são dramáticos, e o governo sincero, franco, precisa informar. A reforma não pode ser esparadrapo, e reações vão acontecer. Mas o projeto é factível”, disse Perondi.

“No plenário, o governo tem base e está forte. Na área econômica, os sinais estão começando a ficar verdes. A base vai responder e vai responder no primeiro semestre, base da Câmara e do Senado”, reforçou o peemedebista.

Tom dramático
Com um tom dramático, Perondi previu o “juízo final” para as contas públicas se a proposta da reforma da Previdência não for aprovada. Ele disse que não se trata de “chantagem” , mas de realidade do país.

“Ou se faz a reforma ou ninguém vai se aposentar daqui a 30 ano, 40 anos”, disse. Segundo ele, de cada R$ 100,00 das despesas primárias do governo, R$ 53,00 hoje são gastos da Previdência. Em dez anos, previu, serão R$ 82,00 destinados ao pagamento da Previdência. Pelos seus cálculos, serão cerca de 3% a mais do PIB para bancar a Previdência.

Segundo ele, é preciso pressa e velocidade para aprovar a reforma. Na sua avaliação, a “moeda de ouro” para passar a reforma é “informação”.

Perondi contou que tem buscado o apoio de parlamentares que são resistentes e para eles vem apresentando os números. “É dramático”, disse ele numa referência aos números das despesas. O vice-líder contou que pesquisa da Advice com cerca de cem deputados mostrou que a proposta será aprovada, mas há divisão sobre se no primeiro ou segundo semestre deste ano.

O parlamentar afirmou que, se houver impasse na base aliada sobre alguns pontos da reforma da Previdência, haverá negociação de forma a garantir o apoio necessário à aprovação. “Se chegar a um impasse específico numa área e precisar ceder num ponto específico, vamos avaliar as forças”, disse.

O deputado, no entanto, não detalhou quais pontos poderiam ser alvo de flexibilização. Segundo ele tudo será alvo de negociação. O peemedebista ainda afirmou que a base está coesa, e a oposição “não tem voto para barrar a reforma da Previdência. “Aliás, não tem nem discurso, porque a ex-presidente Dilma Rousseff enviou alguns pontos (de alteração na Previdência)”, afirmou Perondi.

Militares
Perondi defendeu o envio em 30 dias de uma lei ordinária para estabelecer as regras de previdência dos militares. “Os militares terão que contribuir”, disse. Ele ponderou, no entanto, que há negociação no governo sobre esse tema. “Há resistências. Pode a lei vir em 30, 60, 90 dias. Não posso dizer com segurança”, disse.

O relator também manifestou confiança que o Congresso aprovará uma lei com as regras de transição para deputados e senadores depois de aprovada a PEC da Previdência. “Deveremos aprovar a transição”, disse. Segundo ele, o Congresso não deixará de fazer essa regulamentação porque as “ruas vão demandar”.

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