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Perícia da PF em sítio acha vestígios de Lula e nenhum de Bittar e de Suassuna

Os investigadores suspeitam que o ex-presidente é o verdadeiro dono da área. Seus advogados afirmam que o petista apenas frequentava o sítio

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CARLOS NARDI/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO
Sítio em Atibaia frequentado por Lula
1 de 1 Sítio em Atibaia frequentado por Lula - Foto: CARLOS NARDI/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO

Os peritos da Polícia Federal que vasculharam o sítio Santa Bárbara, localizado em Atibaia (SP), encontraram nas dependências da propriedade o que classificam de demandas específicas do ex-presidente Lula e de sua família – construções, ampliações, adaptações, reformas, instalações de itens de conforto, bem como uso de objetos decorativos personalizados. Mas, opostamente, não identificaram quaisquer objetos de uso pessoal de Jonas Leite Suassuna Filho e de Fernando Bittar, empresários que, formalmente, segundo a defesa de Lula, são os proprietários do sítio.

Em um laudo de 67 páginas, ilustrado com 92 imagens, seis peritos do Setor Técnico Científico da PF respondem a doze quesitos da delegada Renata da Silva Rodrigues, que integra a força-tarefa da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que investiga Lula. O sítio é o ponto crucial dessa etapa da Lava Jato, a 24ª.

Os investigadores suspeitam que Lula é o verdadeiro dono da área. Seus advogados afirmam que os donos são Bittar e Suassuna e que o petista apenas frequentava o sítio – o ex-presidente lá esteve pelo menos 111 vezes.

Investigação
A perícia reforça a linha de investigação da PF, embora não seja conclusiva. Em resposta ao quesito 11 (indícios de que o ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria utilizando as dependências do sítio com animus domini?), os peritos anotaram: “Entendem que a análise de questões subjetivas de caráter jurídico, tais como o animus domini, deve ser realizada em conjunto com demais elementos eventualmente identificados no curso das investigações.”

A perícia da PF vasculhou o Santa Bárbara no dia 4 de março, quando a Aletheia conduziu Lula à força para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas. Os peritos criminais federais Alessandro Franus, João José de Castro Baptista Vallim, Igor Canesso Juraszek, José Antonio Schamne, Fernando Nadal e Luiz Spricigo Junior subscrevem o laudo.

Entre os objetos encontrados pelos peritos há dois cartões da OAS, empreiteira cujo dono, Léo Pinheiro, é amigo do ex-presidente e foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

“Na varanda externa à porta voltada para a face norte da sala de estar, no interior de um cesto, junto a outros objetos, foram encontrados dois cartões, conforme demonstra a figura 58. O primeiro corresponde a um cartão de boas festas com logotipo da empresa OAS (figura 59) e ilustração específica. O cartão estava acondicionado em envelope também com logotipo da empresa OAS e contendo etiquetas onde consta como remetente ‘José Aldemário Pinheiro Filho’ e como destinatário ‘Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva’, conforme ilustra a figura 60. O segundo cartão, conforme manuscrito, tem como destinatária Dona Marisa.”

A figura 59 do laudo mostra o cartão de Natal da OAS, com a mensagem construção de um mundo melhor.

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