Pelo Twitter, Collor pede desculpas por confisco de poupança
Trinta anos após bloquear dinheiro dos brasileiros, o ex-presidente reconhece: “Infelizmente errei”
atualizado
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Recém-adepto das redes sociais, o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), usou conta no Twitter, nesta segunda-feira (18/05), para pedir desculpas por erros que ele disse ter cometido quando era presidente da República, em 1990. Uma das medidas mais radicais do governo foi o confisco do saldo de cadernetas de poupança e contas-correntes.
Collor argumentou, em uma sequência de tuítes, que foi uma decisão “dificílima”, tomada para tentar conter a hiperinflação que chegava a 80% ao mês.
“Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome”, escreveu o hoje senador por Alagoas. “Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo”.
Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite! Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas
— Fernando Collor (@Collor) May 18, 2020
O Plano Collor limitou os saques a 50 mil cruzeiros, moeda que substituiu o cruzado novo. A promessa do governo à época era controlar a inflação e desbloquear o dinheiro um ano e meio depois.