Pedro Corrêa cita FHC, Lula e outros políticos em esquemas corruptos
Em delação premiada, obtida pela revista Veja, o ex-deputado federal teria afirmado que recebia dinheiro de propinas desde 1970 e que foi responsável pela partilha de dinheiro no governo petista. Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Romero Jucá teriam sido alguns dos beneficiados
atualizado
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Em delação premiada, o ex-deputado federal Pedro Corrêa afirma que esquemas de corrupção remontam aos governos militares, passam pela gestão de Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e chegam até o governo petista. Como beneficiários de propinas estão senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros e até membros do Tribunal de Contas da União (TCU). As informações são portal Veja.
Pedro Corrêa foi condenado no Mensalão e está preso por conta da Operação Lava Jato. Em documento obtido pela revista Veja, ele afirmou ter recebido dinheiro desviado de quase 20 órgãos do governo e que eles começaram ainda na década de 1970, com propinas pagas pelo INAMPS, órgão responsável pela previdência social durante a ditadura militar.
Ainda na delação, Corrêa teria detalhado o funcionamento da partilha de cargos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o ex-deputado, Lula teria gerenciado pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras e descreve situações em que o ex-presidente trata desses assuntos com políticos do PP e Paulo Roberto Costa, até então diretor de abastecimento da Petrobras. Corrêa teria sido responsável por reunir parlamentares do PMDB para tratar da partilha e afirmou que o presidente do Senado Renan Calheiros, o deputado Eduardo Cunha e o senador Romero Jucá participaram das negociações.
Além disso, Corrêa teria afirmado que Henrique Eduardo Alves, atual ministro do Turismo, teria ficado com boa parte do dinheiro obtido pelo PMDB no esquema ilícito e que o senador Edison Lobão participou dos contratos com grandes empreiteiras.