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PDT quer Randolfe candidato ao governo do Amapá em 2022; PT monitora

Oposição do senador ao atual governador do estado pesa contra, e mudança para a sigla de Ciro Gomes é tida como “muito difícil”

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Lupi e Randolfe
1 de 1 Lupi e Randolfe - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma das principais lideranças de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e parlamentar em destaque pelo trabalho como vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues é pré-candidato a disputar o governo do Amapá nas eleições de 2022. O senador é alvo constante de ataques de bolsonaristas e conseguiu aumentar sua notoriedade ainda mais no decorrer da CPI, instalada graças a um pedido de sua autoria.

O destaque vem rendendo convites a Randolfe. Um deles foi apresentado pelo PDT há duas semanas. Ao Metrópoles o presidente do partido, Carlos Lupi, confirmou o convite ao senador. “Seria um grande nome para representar uma candidatura do partido ao governo do estado”, disse o ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem sondando lideranças capazes de montarem nos estados palanques fortes para a candidatura de Ciro Gomes ao Planalto.

Em busca de fortalecimento político para vencer o pleito, o senador estuda trocar seu partido atual, a Rede, por siglas com maior apelo no estado.

Por enquanto, não houve movimento do senador no sentido de aceitar a empreitada. Embora ele não tenha externado publicamente o interesse em deixar a Rede nem descartado concorrer ao governo do estado pelo partido, há a avaliação de que a atual legenda tem perdido força às vésperas das eleições. Um sinal desse enfraquecimento é o abandono de filiados aliados a Randolfe na sigla, como o senador Fabiano Contarato (ES), seu companheiro de bancada no Senado. Apesar de não ter oficializado, Contarato dá como certa sua saída da Rede.

Enquanto Lupi fala abertamente da intenção de lançamento do nome do senador, há ainda uma avaliação sobre as circunstâncias em que essa candidatura aconteceria no estado, atualmente governado por um nome do partido, Waldez Góes. Durante os dois mandatos de Góes, Randolfe foi um opositor ferrenho do governo local.

Quem também já sinalizou interesse em concorrer ao governo do Amapá foi o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, que deve ser o candidato do DEM.

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Senador estuda partidos para lançar-se candidato em 2022
Randolfe Rodrigue é vice-presidente da CPI da Covid-19
Senador tem se destacado por trabalho de oposição ao governo federal na comissão
Ele é um dos autores do requerimento que determinou a abertura da CPI
Randolfe e senador Humberto Costa, do PT
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Randolfe Rodrigues pode ser candidato ao governo do Amapá pelo PDT

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Senador estuda partidos para lançar-se candidato em 2022

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Randolfe Rodrigue é vice-presidente da CPI da Covid-19

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Senador tem se destacado por trabalho de oposição ao governo federal na comissão

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Ele é um dos autores do requerimento que determinou a abertura da CPI

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Randolfe e senador Humberto Costa, do PT

Igo Estrela/Metrópoles
“Muito difícil”

Segundo interlocutores do senador, Randolfe ficou “balançado” com o convite do PDT e tentado a deixar a Rede. Pessoas próximas ao amapaense ressaltam, contudo, que a transição partidária ainda é tida como “muito difícil”.

Isso porque, como sempre foi oposição a Waldez Góes, internamente entende-se que “não pegaria bem” ao congressista lançar-se candidato pelo partido do qual foi opositor e crítico por dois mandatos.

A rixa entre o senador e Góes, no entanto, não enfraquece o interesse de Lupi em contar com o parlamentar para a disputa do próximo ano, uma vez que a legenda pretende lançar candidaturas aos governos no máximo de estados pelo Brasil e busca manter o partido no comando do Amapá por, pelo menos, mais um mandato.

Diante da incerteza de Randolfe sobre concorrer pela Rede ou por outro partido, o senador estuda a possibilidade de lançar-se candidato em uma aliança de oposição a um potencial sucessor de Góes, impossibilitado de se reeleger. A coalizão contaria com o apoio de PSB, PSol e PT.

PT monitora

Os interlocutores do senador ouvidos pela reportagem ventilam um terceiro cenário, em que Randolfe retornaria a um de seus antigos partidos: PT ou PSol – ao qual foi filiado antes de ir para a Rede.

Conforme apurado pelo Metrópoles, a legenda do ex-presidente Lula entrou forte na disputa e estuda convidá-lo a ser candidato ao Amapá pelo partido.

Parlamentares petistas e membros da sigla consultados pela reportagem apontam que, oficialmente, ainda “não há nada, mas não está descartado”. Um dos pontos que pesam para o retorno dele ao PT é sua “relação extraordinária” com a bancada do Senado Federal e com a própria legenda.

Filho de sindicalista, Randolfe passou 15 anos filiado ao PT. Pelo partido, elegeu-se deputado estadual pelo Amapá em 1998, tendo sido reeleito em 2002. Deixou a sigla brigado para filiar-se ao PSol, onde ficou até 2015.

Apesar do assédio do PDT, a volta do senador ao PT é vista com bons olhos pelos petistas, mas esbarra na dificuldade de Lula em manter conversas com integrantes da CPI. Fontes da sigla destacam que o ex-presidente ainda não teve a oportunidade de conversar com os membros do colegiado.

Quando esteve em Brasília, ventilou-se a possibilidade de um encontro entre os opositores a Bolsonaro e Lula. O ex-presidente, no entanto, foi demovido da ideia por aliados.

Houve, na época, a avaliação de que uma sinalização de proximidade entre Lula e os senadores teria efeito negativo sobre a comissão e daria espaço para especulações, como a de que o ex-presidente estaria “operando nos bastidores para sangrar Bolsonaro”.

Frente à dificuldade de estabelecer diálogo direto entre Lula e Randolfe, o PT aguarda o término dos trabalhos da CPI da Covid-19 para estudar o próximo passo, ciente do convite do PDT e das discordâncias entre o senador e pautas defendidas pelo partido.

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