metropoles.com

PCdoB e Psol reforçam oposição e não vão à posse de Bolsonaro

Mais cedo, PT divulgou nota com a decisão de não participar do evento, por não coadunar com “discurso de ódio” do presidente eleito

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
luciana santos
1 de 1 luciana santos - Foto: Divulgação

A exemplo do prometido pelo PT, os deputados e senadores do PCdoB e do Psol também não comparecerão à posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional, no dia 1º de janeiro. Lideranças das duas legendas disseram que não se identificam com o discurso do presidente eleito e prometeram fazer oposição forte para barrar medidas autoritárias no Congresso Nacional. Alguns parlamentares disseram que não receberam nem convites para o evento.

“Não tomamos nenhuma resolução, mas é natural que não estejamos presentes. Não temos nenhuma identificação com o presidente eleito. Não fomos convidados e não iríamos se o convite tivesse chegado”, informou ao Metrópoles, a presidente da legenda, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE).

Ela não soube dizer se todos os membros do partido foram ignorados pela organização da posse. “Eu não recebi”, enfatizou.

De acordo com a deputada, o partido é defensor de uma “frente ampla” de oposição ao novo governo, que não exclui aliança com o PT, nem com os demais partidos que já prometem posições contrárias ao novo governo, entre eles, o PDT, o PSB e o PSol.

“Somos partidários de uma frente ampla contra o futuro governo sem excluir nenhuma legenda. Quanto maior for esta frente, melhor”, destacou.

Resistência
Em nota divulgada pela Executiva Nacional, o Psol informou a decisão de não participar da posse, manifestando total pessimismo com o futuro governo. “A posse é um ato formal da Justiça Eleitoral, mas também é um momento de festa. Mas para o Psol não há nada a comemorar”, destaca o texto.

“O governo que se iniciará no próximo dia 1º tem como princípios o ódio, o preconceito, a intolerância e a violência. Bolsonaro e seus ministros desprezam os direitos humanos, a soberania nacional, a democracia e os direitos sociais. Defendem a criminalização dos movimentos sociais e o cerceamento à livre organização política; idolatram a natureza autoritária e criminosa da Ditadura Civil-Militar; defendem a entrega das riquezas e patrimônio nacionais aos Estados Unidos; desprezam os direitos das minorias; atacam a liberdade de imprensa e a liberdade de ensino. Bolsonaro representa o atraso em todos os sentidos. Por isso não há razão para comemorar”, destaca a intenção do partido.

O partido disse ainda que espera da Justiça Eleitoral uma decisão sobre a ação que pede a cassação da chapa vencedora.

“É sempre bom lembrar que tramita contra Bolsonaro na Justiça Eleitoral ação que pede a cassação de sua chapa. Os crimes eleitorais dos quais é acusado – dentre eles, uso de recursos empresariais para disseminação de mentiras em massa via redes sociais – precisam ser investigados. Sua vitória, além de se assentar no medo e na desilusão com o sistema político brasileiro, também se deve à fraude promovida pelas mentiras disseminadas contra seus adversários”, destacou.

Em seu perfil pessoal no Twitter, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros enfatizou a ausência na cerimônia: “Não vamos à posse. Nossa resistência já começou”, postou.

“Como é de praxe, o TSE convidou toda a bancada do PSOL para a posse do novo presidente. Mas como prestigiar alguém que despreza os direitos humanos, promete colocar o Brasil de joelhos diante dos EUA e destruir os direitos sociais? Não vamos à posse. Nossa resistência já começou”.

Em viagem ao exterior, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) também disse ao Metrópoles, pelo telefone, que os parlamentares do partido também não vão à posse. “Não estou no Brasil e se estivesse, não iria. Não vamos, nem sei se recebemos convites. O fato é que somos oposição”, destacou.

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (28/12), o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou sua posição de não participar da posse do futuro presidente. De acordo com o texto, a sigla não compactua “com discursos e ações que estimulam ódio, intolerância e discriminação” e, portanto, estará ausente na cerimônia.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?