Paulo Preto é alvo de nova denúncia na Lava Jato de São Paulo
O ex-diretor da Dersa, preso desde 19 de fevereiro, é acusado de receber propina de R$ 27 milhões por empreendimentos viários em São Paulo
atualizado
Compartilhar notícia
A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou nesta sexta, (1º/3), o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação aponta que o suposto operador do PSDB exigiu, entre 2007 e 2010, propinas de 0.75% a 5% do valor medido em obras viárias do Estado. A nova denúncia já foi recebida pelo juiz federal Diego Paes Moreira.
Segundo os procuradores, de um montante de R$ 126 milhões atribuídos a Vieira de Souza em contas da offshore Groupe Nantes, na Suíça, de sua propriedade, pelo menos R$ 27 milhões seriam oriundos de esquema de corrupção durante sua gestão na Dersa.
O ex-diretor da empresa responsável por empreendimentos bilionários de governos do PSDB foi preso no dia 19 de fevereiro na Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato.
Nesta quinta, (28/2), a juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Criminal Federal de São Paulo condenou Vieira de Souza a 27 anos de prisão – 7 anos em regime fechado e 20 anos em semiaberto – em ação por cartel e fraude a licitações do Rodoanel Sul e obras da Prefeitura paulistana. Paulo Vieira de Souza sempre negou a prática de ilícitos.