Paulo Pimenta diz que PEC da Transição não é “cheque em branco”
O parlamentar afirmou que a proposta tem intuito definido, que é honrar compromissos feitos por Lula e também por Bolsonaro
atualizado
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Membro da equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse, na manhã desta quinta-feira (17/11), que a PEC da Transição não é um mero “cheque em branco”. O parlamentar vai integrar o grupo de Infraestrutura.
“Existem condições objetivas que não podem ser ignoradas em um novo governo. Existe um compromisso do presidente eleito e, o Bolsonaro também assumiu um compromisso de continuar com o auxílio a R$ 600. A PEC não é um cheque em branco”, afirmou o parlamentar na chegada ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde fica a sede da equipe de transição.
Segundo Pimenta, a PEC tem “endereço bem definido”. “A recomposição do orçamento na área da saúde e da educação, garantia do pagamento do Bolsa Família e Auxílio Emergencial, nos termos em que os dois candidatos assumiram durante a campanha. Além da retomada das obras paradas, habitação e infraestrutura”, completou.
Entrega da PEC
O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin (PSB), entregou, na quarta-feira (16/11), ao relator-geral do Orçamento 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a redação preliminar da PEC da Transição. A proposta busca viabilizar os compromissos sociais feitos em campanha por Lula.
Entre as principais sugestões, está a retirada do teto de gastos da futura Bolsa Família (hoje Auxílio Brasil) no total de R$ 175 bilhões. A minuta do Gabinete de Transição propõe ainda que essa exclusão seja perene. Também é sugerida a cifra de R$ 23 bilhões de investimento, educação e meio ambiente (ainda fora do teto).
Agora, cabe ao Congresso Nacional analisar as sugestões e apresentar, de fato, uma proposta definitiva. Alckmin esteve tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados para articular o texto.