Patriota faz nova convenção e confirma mudanças para atrair Bolsonaro
Já filiado à legenda, senador Flávio Bolsonaro participou presencialmente da convenção realizada nesta segunda-feira (14/6)
atualizado
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O Patriota confirmou, na manhã desta segunda-feira (14/6), mudanças no estatuto do partido, que visam atrair o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à legenda.
O vice-presidente do Patriota, Ovasco Roma, e o secretário-geral do partido, Jorcelino Braga, acusaram o presidente Adilson Barroso de forjar maioria na última convenção, realizada em 31 de maio, para alterar o estatuto.
Roma disse que foi executado um “golpe” para filiar o filho do presidente e falou que as mudanças para abrigar a família Bolsonaro foram impostas pelo comando da sigla.
Na reunião desta segunda-feira, Roma e Braga não votaram, e as alterações foram aprovadas por unanimidade. Adilson anunciou que a reforma do estatuto visa deixá-lo “mais enxuto” ao presidente.
Filiado ao partido há cerca de 15 dias, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) participou presencialmente da convenção, ao lado do advogado de Jair Bolsonaro, Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um dos responsáveis pela tentativa de criação do Aliança pelo Brasil.
Tentativa frustrada
Quando saiu do PSL, em novembro de 2019, Bolsonaro anunciou intenção de criar uma agremiação própria, o Aliança pelo Brasil. A tentativa, no entanto, foi frustrada, em razão do número de assinaturas necessárias, que não seria obtido a tempo das eleições de 2022.
Desde que admitiu a possibilidade de não conseguir fundar o partido a tempo, o mandatário iniciou tratativas em busca de uma legenda para abrigar sua candidatura à reeleição.
A convenção desta segunda foi convocada pelo presidente da sigla, Adilson Barroso, depois que foram exigidas explicações sobre a última convenção, marcada por tumultos em razão das mudanças no estatuto e do anúncio da filiação de Flávio Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, a assembleia foi realizada de forma mista, com participações presenciais e virtuais. “Nós estamos fazendo uma convenção legitimamente estatutária, com a maioria aqui presente”, justificou Adilson.