Patrícia Lélis registra ocorrência contra o pastor Marco Feliciano
A estudante de jornalismo prestou depoimento durante cerca de três horas na Delegacia da Mulher, em Brasília
atualizado
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A estudante de jornalismo Patrícia Lélis, 22 anos, acusou o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC) de assédio sexual, tentativa de estupro e agressão em ocorrência registrada neste domingo (7/8), na Delegacia da Mulher, em Brasília.
Patrícia chegou à delegacia por volta das 19h para registrar ocorrência contra o parlamentar e saiu somente às 22h. Primeiro, ela conversou com o delegado sozinha e, depois, prestou depoimento na companhia do advogado.As primeiras queixas vieram à tona após a publicação da coluna Esplanada, do Uol, com as afirmações de Patrícia de que ela teria sido vítima de assédio sexual pelo deputado. Depois, foram publicados vídeos dela negando os abusos.
Na última quinta -feira (4/8), a jovem foi até o 3º Distrito Policial de São Paulo (Campos Elísios) e acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de mantê-la em cárcere privado para gravar vídeos favoráveis ao deputado, negando qualquer tipo de abuso. A mãe viu as imagens e foi resgatá-la.
Segundo ela, o chefe de gabinete teria dito que, se ela mantivesse as denúncias, poderia acontecer um “mal maior” a ela. Patrícia afirma que era ex-militante do PSC Jovem e foi atraída para o apartamento de Marco Feliciano, em 15 de junho, sob a justificativa de uma reunião do partido para discutir da Comissão Parlamentar de Inquérito da União Nacional dos Estudantes (UNE).
No apartamento, o parlamentar teria assediado a jovem e a “obrigado a fazer coisas”. Ela mandou uma mensagem para ele dizendo: “Feliciano, a minha boca ficou roxa”. Ele sugeriu que a moça passasse um batom. Além disso, Bauer ainda sugeriu que a moça colocasse uma pedra em cima do assunto.
Patrícia prestou depoimento na Delegacia da Mulher e concederá uma coletiva de imprensa sobre o assunto nesta segunda-feira (8/8), em horário a ser definido.