metropoles.com

Pastora assessora de Magno Malta foi convidada para Direitos Humanos

Ela milita contra o movimento LGBT e legalização do aborto. Convite teria ocorrido nessa quarta (28/11); resposta será dada até terça (4/12)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
assessora magno malta
1 de 1 assessora magno malta - Foto: Reprodução

A pastora evangélica Damares Alves, assessora parlamentar do senador Magno Malta (PR-ES), teria sido convidada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para ocupar o posto de ministra de Direitos Humanos e Mulheres. Ela é antagonista do movimento LGBT e luta contra a legalização do aborto, entre outras causas conservadoras das quais é militante. Segundo o jornal O Globo, a informação foi confirmada por alguns dos principais líderes da bancada evangélica, que não quiseram se identificar.

De acordo com a reportagem, ela é vista como um nome de confiança por Bolsonaro e seria a segunda ministra da Esplanada: a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) foi confirmada na Agricultura.

Nessa quarta-feira (28/11), a pastora foi até o gabinete de transição e recebeu pessoalmente o convite. Ela disse que responderia até a próxima terça-feira (4/12) se aceitaria ou não. Conforme O Globo, Magno Malta também foi informado da possibilidade de sua assessora se tornar ministra.

O jornal lembra que, em entrevista em março, Damares disse: “a mulher nasceu para ser mãe” e “ser mãe é o papel mais especial da mulher”. Ela também destacou discordar do movimento feminista e que a preocupa o fato de a mulher estar muito fora de casa, trabalhando.

“É como se houvesse hoje, no Brasil, uma guerra entre homens e mulheres. Não existe isso. Acho que dá para a gente viver muito bem nessa sociedade que separou homens e mulheres. Como estar no mercado de trabalho sem comprometer nossas funções [femininas]? É possível”, afirmou.

Em entrevista ao site Sempre Família, em dezembro de 2017, Damares Alves disse lutar pelas causas da família e pela vida. Adotou uma filha indígena (na época, com 13 anos) e não pôde ter filhos biológicos devido a uma violência sexual que sofreu aos 6 anos, segundo contou à publicação.

“Estou há anos na estrada no combate à ideologia de gênero, pois a erotização de crianças é um dos pilares dessa terrível ideologia. Tenho, ainda, um trabalho na prevenção ao abuso e violência sexual de crianças e adolescentes, o que me possibilita participar de diversos movimentos e de inúmeros grupos dessa área”, disse.

Ainda de acordo com O Globo, representantes da bancada evangélica indicaram três nomes para o Ministério da Cidadania, nesta terça (29/11): Gilberto Nascimento (PSC-SP), Marco Feliciano (Podemos-SP) e Ronaldo Nogueira (PTB-RS). Após Bolsonaro passar por cima das recomendações e indicar Osmar Terra (MDB-RS) para a pasta, a expectativa era que um dos três ficasse com Direitos Humanos. Eles não se sentem contemplados, portanto, com uma possível escolha de Damares, apesar de aprovarem o nome.

O presidente eleito anunciou que manteria a pasta de Direitos Humanos e Mulheres nessa quarta (28), após reunião com a senadora eleita Mara Gabrilli (PSDB-SP). Afirmou que seria um Ministério de Direitos Humanos “de verdade”, “não esse que está aí”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?