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Partidos da oposição pretendem recorrer ao STF contra decisão de Lira

O presidente eleito da Câmara anulou a formação do bloco do adversário, Baleia Rossi, e as indicações às vagas da Mesa

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Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Enio Verri_Luis Macedo-Câmara dos Deputados
1 de 1 Enio Verri_Luis Macedo-Câmara dos Deputados - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Líderes de partidos da oposição que estavam no bloco do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) pretendem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). É a ideia ao menos de PT e PSB, que tinham direito a cargos da Mesa Diretora e podem perder com a decisão do novo presidente da Câmara de anular a eleição dos demais membros do comando da Casa.

O líder do PT, Ênio Verri (PR), afirmou, nessa segunda-feira (1°/2), que o Partido dos Trabalhadores vai recorrer ao STF da decisão do presidente eleito da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Vamos recorrer ao STF imediatamente. Estamos preparando a peça”, disse Verri.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou Lira. “Ali ele disse a que veio. O primeiro ato dele foi um claro golpe para tirar a oposição da Mesa Diretora da Câmara. Levar isso à Justiça pode ser uma caminho, mas ultimamente a Justiça tem optado por não interferir em decisão da Câmara”, argumentou.

Gleisi disse que a bancada vai se reunir para pensar estratégias que coloquem o partido em instâncias decisórias na Câmara. “Vamos ver ainda o pode ser feito. O problema é que depois de uma decisão dessas não dá para prever os critérios que ele utilizará”, lamentou.

O líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), sinalizou que o partido fará o mesmo, porém antes vai conversar com advogados para analisar qual é a melhor estratégia. O líder do PDT, Wolney Queiroz (PE), disse que vai debater com outros parlamentares o que fazer.

Um dos motivos que gerou o impasse foi o registro supostamente atrasado do PT – seis minutos após o prazo, que era ao meio-dia –, que o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acatou.

Lira adotou como primeira medida o cancelamento da formação do bloco que apoiou seu principal adversário, formado por 10 partidos – PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.

Lira prevê que os líderes partidários se reúnam às 11h desta terça-feira (2/2) para escolher os cargos a partir da nova divisão. As candidaturas devem ser registradas até as 13h, e a eleição será realizada às 16h. Aliados de Rossi se reuniam no início da madrugada desta terça-feira (2/2) para avaliar os próximos passos.

Decisão PCD (1) by Lourenço Flores on Scribd

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