Partido Novo quer devolver ao Tesouro R$ 3 milhões do Fundo Partidário
Desde 2015, a legenda acumula a verba em uma conta do Banco do Brasil. A intenção é que o dinheiro retorne para investimentos na sociedade
atualizado
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O Partido Novo tem R$ 3 milhões acumulados, em uma conta no Banco do Brasil, para devolver aos cofres públicos. Desde 2015, quando a legenda foi reconhecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os R$ 100 mil do Fundo Partidário repassados ao partido são depositados mensalmente. Agora, a intenção é devolver esse dinheiro para o Tesouro e revertê-lo em benefícios à sociedade.
O Novo optou por não usar a verba, pois acredita que a agremiação precisa ser sustentada pelo povo, pelos filiados. Assim, se houver qualquer irregularidade, quem “banca” a estrutura estará próximo para cobrar ou até retirar o investimento feito.
Hoje, a legenda se mantém com os R$ 29 mensais pagos pelos 15 mil filiados, o que dá um total de R$ 435 mil. “Não usamos dinheiro público para sustentar o partido, nem o usaremos na campanha. Se for para ser só mais uma sigla, sem mudar as práticas atuais, não adianta. Se as pessoas não se envolverem na política, não tem como mudar”, afirmou o ex-presidente do grupo e pré-candidato à Presidência da República João Amoêdo, ex-diretor do Unibanco.
Segundo Amoêdo, o Novo abriu uma conta no Banco do Brasil para depositar o dinheiro do Fundo Partidário porque, se abrir mão dele, a verba volta toda para as outras legendas. “Queremos devolver os recursos para investir em saúde, em educação. Já entregamos uma consulta ao TSE e aguardamos resposta”, completou.Para ele, é possível fazer uma campanha barata e eficaz. “Hoje temos o maior número de seguidores no Facebook. Passamos o PT e o PSDB. Essa entrada importante significa 1,5 milhão de usuários. Isso em um crescimento orgânico. Vamos usar as redes e muita sola de sapato para mostrar nossas propostas”, disse.
Corrida eleitoral
O ex-diretor do Unibanco anunciou sua pré-candidatura na última terça-feira (12/12), com outros 21 postulantes a um cargo nas eleições de 2018. Além de seu nome, também foi lançado o do conselheiro e herdeiro da rede de lanchonetes Giraffas, Alexandre Guerra, 37 anos, para concorrer ao Governo do Distrito Federal (GDF).
A ideia do partido é levar para a vida pública a expertise da iniciativa privada. “Estamos acostumados a trabalhar com recursos sempre no limite. É sempre tudo muito apertado. Por isso, temos prazos, metas. Na área pública, os recursos parecem ser ilimitados, por causa dos impostos, e os governantes não conseguem se organizar”, criticou Amoêdo.
Alexandre Guerra concorda com o correligionário e fez duras críticas à gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). “É um governo sem ação, ineficiente. Além disso, tem dado exemplos claros de que exerce a velha política. Um ano antes da campanha, orquestra um movimento de lotear cargos para garantir a manutenção do poder. Não é isso que queremos”, afirmou.
Para concorrer como pré-candidato ao Senado Federal, o nome do advogado Paulo Roque foi apresentado pelo Novo. Haverá ainda seis candidatos para a Câmara dos Deputados e 13 para a Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Seleção
O Partido Novo surgiu no cenário nacional como uma legenda com proposta diferente das outras. Para disputar um cargo público, por exemplo, os interessados precisam passar por uma seleção. Os 22 lançados na última terça-feira, por exemplo, encararam uma peneira de 50 pessoas.
Conheça os pré-candidatos anunciados pelo Novo
Presidência da República
João Amoêdo
GDF
Alexandre Guerra
Senado
Paulo Roque
Deputado federal
André Capella
Elvis Iwano
Belle Borges
Rodrigo Freire
Roberto Ribeiro
Frazão
Deputado distrital
Andrea Quadros
Eduardo Mistsuo Yoda
Nélio Domingues
Maria Britânia
Coronel Souto
Nei Sanches
Gera de Castro
Humberto Alencar
Marcelo Donato
Thiago Franco
Fernando Caixeta
Vítor Aquino
Luiz Medeiros