Partido Novo faz abaixo-assinado contra reajuste de ministros do STF
Segundo a legenda, o aumento da remuneração é reflexo da “velha política”. Petição pede veto de Temer ao texto aprovado no Senado
atualizado
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O Partido Novo iniciou um abaixo-assinado contra o reajuste de 16,38% aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério Público Federal (MPF) aprovado nesta quarta-feira (7/11) pelo Senado. Referência para o teto salarial do funcionalismo público, a remuneração passaria de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32. A petição pede que o presidente Michel Temer vete a proposta.
Segundo a legenda, o aumento da remuneração é reflexo da “velha política”. “Chega de pagar a conta da velha política. O momento é de responsabilidade fiscal”, diz o partido na descrição da petição.
Em menos de uma hora de mobilização, cerca de 38 mil pessoas já haviam aderido ao abaixo-assinado. A meta é de 50 mil participantes.
Segundo cálculos de consultorias da Câmara e do Senado, o reajuste poderá causar um impacto de R$ 4 bilhões nas contas públicas, considerando o Executivo, Legislativo, Ministério Público e também os estados da federação.
O aumento passará a valer a partir da sanção presidencial. É prerrogativa do presidente da República vetar a proposta, se assim desejar.
A proposta de aumentar os salários dos ministros do STF desagrada o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Nesta quarta, ele afirmou não ser o momento mais adequado para votar o reajuste e manifestou preocupação com o impacto nas contas. “Estamos em uma fase que, ou todo mundo tem ou ninguém tem, e o Judiciário é o mais bem aquinhoado”, comentou o presidente eleito.