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Parlamentares criticam declaração de Ricardo Barros sobre Constituição

Líder do governo na Câmara reclamou da atual Carta Magna e sugeriu plebiscito para reformá-la, inspirado no realizado neste domingo no Chile

atualizado

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Marcelo Ramos
1 de 1 Marcelo Ramos - Foto: Igo estrela/Metrópoles

Parlamentares criticaram, nesta segunda-feira (26/10), nas redes sociais, a declaração do líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Ele afirmou que a Constituição de 1988 “tornou o país ingovernável” e sugeriu um plebiscito para reformar a Carta Magna, nos moldes do que ocorreu nesse domingo (25/10) no Chile.

O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou que a sugestão de Barros “demonstra uma ignorância política e histórica”.

“A declaração do líder do governo Ricardo Barros de que o Brasil precisa de outra Constituição como o Chile porque a atual tornou o Brasil ingovernável demonstra uma ignorância política e histórica”, escreveu Ramos (foto em destaque).

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Chile decidiu, por plebiscito, renovar a constituição do país
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Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara

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Chile decidiu, por plebiscito, renovar a constituição do país

Divulgação

A declaração do líder do governo Ricardo Barros de que o Brasil precisa de outra Constituição como o Chile porque a atual tornou o Brasil ingovernável demonstra uma ignorância política e histórica. Segue…

“A CF de 1988 gerou a estabilidade político-institucional que nos permitiu passar por 2 impeachments, crises econômicas e políticas, sem ruptura institucional. O Chile fez ontem o que fizemos em 1988. A Constituição do Chile é da Ditadura de Pinochet, a nossa é da Democracia”, acrescentou.

Democracia

O deputado Fábio Trad (PSD-MS) seguiu na mesma linha. “Ricardo Barros, líder do governo, quer uma outra Constituição. Sou contra. O exemplo do Chile não nos serve. Lá, evoluíram da ditadura para a democracia. E aqui? Será que querem o contrário? Sou contra. Viva a Constituição cidadã de 1988!”, disse.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) concordou com Trad. “Com essa conjuntura capaz de criarem uma Constituição à la século XIII”, acrescentou.

O deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) foi outro que rechaçou a ideia. “Não gosto nem um pouco da ideia de uma nova Constituição para o Brasil. Além da ausência de fator social e histórico gerador, tenho convicção de que no atual cenário mundial viria algo ainda pior”, afirmou.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou uma declaração do ex-presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, no ato de promulgação da Carta, para criticar Barros. “Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério.”

Barros reclamou da atual Carta Magna em uma em live chamada “Um dia pela democracia”, promovida pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConsult). Inspirado no plebiscito chileno, o parlamentar defendeu uma Constituição brasileira.

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