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Parentes de Geddel representam prédio em Salvador na ação contra Iphan

A polêmica sobre o empreendimento localizado em área tombada na Bahia motivou a saída do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero

atualizado

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la vue edifício geddel salvador bahia
1 de 1 la vue edifício geddel salvador bahia - Foto: Divulgação

A relação do ministro Geddel Vieira Lima com o prédio em Salvador (BA) que teve a construção embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai além do apartamento que ele comprou no edifício. O advogado Jayme Vieira Filho, seu primo, e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto, seu sobrinho, foram nomeados procuradores da empresa responsável pela construção. As informações são da Folha de S. Paulo.

Além disso, Fernanda Vieira Lima Paolilo, prima de Geddel, é sócia da empresa Upside Empreendimentos, que também adquiriu um dos apartamentos do imóvel.

A participação dos familiares de Geddel pode ser verificada em um documento anexado ao processo administrativo no Iphan. A Porto Ladeira da Barra Empreendimento, empresa responsável pelo edifício embargado, nomeou Jayme, Afrísio e o advogado Igor Andrade Costa como procuradores na ação. A procuração foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel tomar posse como ministro.

Apesar do documento, Igor Andrade Costa afirmou à reportagem que é o único advogado da família a atuar no processo e explicou que Geddel nunca interferiu no imbróglio judicial. De acordo com os advogados, tanto o primo quanto o sobrinho aparecem no documento porque, “segundo o Código de Processo Civil, todos precisam ser listados no processo”.

O prédio, chamado La Vue, está sendo construído em área histórica de Salvador e teve a construção embargada pelo Iphan nacional, mesmo após a liberação pela prefeitura da capital baiana e pelo Iphan regional.

De acordo com o relatório final do instituto, a construção afetaria monumentos tombados da região, como o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra. O Ministério Público Federal também defende a suspensão das obras. A polêmica motivou a saída do ministro da Cultura Marcelo Calero, que afirmou ter sido pressionado por Geddel para liberar as obras.

 

 

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