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Parentes de ex-mulher de Bolsonaro retiraram R$ 2,1 mi em saques de R$ 500

Familia de Ana Cristina Valle tinha hábito de sacar várias vezes R$ 500. De 9.859 operações de saque identificadas, 4.294 foram nesse valor

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Ana Cristina Valle ex-esposa de Bolsonaro
1 de 1 Ana Cristina Valle ex-esposa de Bolsonaro - Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) sobre suposto esquema de “rachadinha” no antigo gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) identificou que parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, realizaram 4.294 saques no valor de R$ 500.

O valor soma R$ 2,1 milhões, de acordo com as informações publicadas pelo jornal O Globo. Segundo a reportagem, das 9.859 operações de saque feitas entre 2007 e 2018, 4.294 foram no valor de R$ 500 — o equivalente a 44% de todas as operações feitas.

As investigações apontaram que a família tinha o hábito de fazer as retiradas sempre em datas próximas ao pagamento realizado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ana Cristina é a segunda mulher de Bolsonaro, mãe do filho Renan Bolsonaro e madrasta de Flávio. O MPRJ sustenta que 10 parentes dela formam um dos grupos da suposta organização criminosa que teria vigorado no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.

O MP mostrou que esse núcleo foi responsável por sacar, em média, 83% dos salários recebidos. Os parentes de Ana Cristina vivem em Resende, no sul do estado, e levam uma vida modesta.

Isso reforça a tese do órgão de que eles “sacavam quase a integralidade dos salários recebidos na Alerj para repassar os valores em espécie a outros integrantes da organização criminosa”.

Ao analisar os dados bancários da família Siqueira, o Ministério Público verificou que, dos R$ 4,8 milhões pagos em salário, R$ 4 milhões foram retirados em espécie.

O valor não mudou ao longo do período de 11 anos apurado pelo MP. Os saques de R$ 500 representam um volume 10 vezes superior ao segundo valor mais frequente, o saque de R$ 100, por exemplo, só está presente em 443 transações.

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MPRJ investiga esquema de "rachadinha"no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj

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