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Parecer pede que “deputado da tatuagem” vire réu no Conselho de Ética

Relatório de Laerte Bessa (PR-DF) foi pela admissibilidade do processo contra Wladimir Costa (SD-PA). Parlamentar é acusado de assédio

atualizado

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wladimir costa
1 de 1 wladimir costa - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A representação protocolada pelo PSB no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Wladimir Costa (SD-PA), o “deputado da tatuagem”, pelo assédio a uma jornalista recebeu parecer favorável do relator, Laerte Bessa (PR-DF). Em reunião do colegiado nesta terça-feira (7/11), Bessa leu voto afirmando a admissibilidade do processo. O relatório, contudo, só deverá ser apreciado daqui a duas semanas devido a um pedido de vista apresentado por Mauro Lopes (PMDB-MG).

Wladimir Costa ganhou visibilidade após aparecer em um evento sem camisa com uma tatuagem escrito “Temer”. O fato ocorreu às vésperas da apreciação na Câmara da primeira denúncia formulada contra o peemedebista pela Procuradoria-Geral da República. Ao ser questionado por jornalistas sobre a “homenagem”, Costa afirmou que o desenho era definitivo. Dias depois, contudo, mudou a versão e contou que a imagem era temporária e havia sido feita com henna.

O deputado é acusado de ter assediado a repórter Basília Rodrigues, da rede CBN. Em agosto, durante um jantar entre parlamentares, a jornalista pediu ao deputado que mostrasse a tatuagem com o nome “Temer”. Como resposta, escutou: “Pra você, só se for o corpo inteiro”. Na época, Basília compartilhou um relato nas redes sociais: “Havia outros deputados, jornalistas e até câmeras de TV focados nele. Mas nada disso ‘evitou’ uma gracinha ou uma ‘desgracinha’ machista. Parlamentares constrangidos vieram me pedir desculpas pelo comportamento do nobre colega”.

WLADIMIR COSTA/DIVULGAÇÃO
Costa teria assediado jornalista que pediu para ver a tatuagem feita pelo político para homenagear Temer: até então, ele dizia que o desenho era definitivo

De acordo com o relator, a representação cumpre com os requisitos para a instalação de um processo por quebra de decoro parlamentar, apresentando uma ampla narrativa dos fatos e depoimentos de testemunhas. Caso a representação não fosse apreciada pela comissão, disse Bessa, o colegiado “não estaria cumprindo com o seu dever, o que afetaria a credibilidade da Câmara dos Deputados”. Para ser aprovado, o parecer precisa de maioria absoluta entre os membros do conselho.

Outro lado
Wladimir Costa afirmou estar “tranquilo” em relação ao processo. “Se é para provar, para trazer testemunhas, para apresentar o contraditório, perfeito, porque eu sei que vou ser absolvido aqui”, comentou. O parlamentar, que não contratou advogado para o trâmite da representação, alfinetou o autor do documento, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), a quem chamou de “desafeto pessoal”. Segundo Costa, o episódio da tatuagem provisória lhe rendeu “animosidades” no meio político.

Uma segunda representação contra o deputado no Conselho de Ética também teve o seu parecer emitido. Em documento enviado pelo PT, o parlamentar é acusado de ter compartilhado fotos da filha da deputada Maria do Rosário (PT-RS) em um grupo de WhatsApp, comparando-a com os filhos de Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O voto do relator João Marcelo Souza (PMDB-MA) foi, contudo, pelo arquivamento do processo. Segundo Souza, foi comprovado que o número de telefone informado na acusação não pertencia a Wladimir Costa.

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