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‘Parece vingança’, diz deputado sobre reajustes de IR e Bolsa Família

Deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP) se pronunciou antes da presidente Dilma fazer anúncio de reajustes

atualizado

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Antonio Cruz/ABr
Paulinho da Força
1 de 1 Paulinho da Força - Foto: Antonio Cruz/ABr

O anúncio de reajustes na tabela do Imposto de Renda e no valor do benefício do Bolsa Família, que deve ser feito pela presidente Dilma Rousseff neste domingo (1/5) no ato em comemoração ao dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, foi criticado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP) antes mesmo de ser feito. Para ele, o anúncio parece “vingança” do governo.

“Ela disse que vai anunciar reajustes no Bolsa Família e no Imposto de Renda. Primeiro que reajustar a tabela do Imposto de Renda em 5% é muito abaixo do que a gente queria. As perdas hoje com o Imposto de Renda são em torno de 72%”, disse o parlamentar, que tem forte ascendência sobre a Força Sindical, organizadora do evento comemorativo ao dia do Trabalhador no Campos de Bagatelle, também neste domingo em São Paulo.

“Parece um pouco de vingança porque ela deveria ter feito o reajuste dessas questões durante seu governo. Agora que o governo acabou ela quer fazer algum gesto, mas é muito aquém do que a gente precisa”, completou.

Para Paulinho, apesar de não ser esta a intenção, o ato Praça Campo de Bagatelle funciona como um contraponto ao organizado no Vale do Anhangabaú por entidades mais alinhadas ao governo e o PT, no qual devem participar não só a presidente Dilma Rousseff como também seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. “Não é o que a gente queria, mas acaba sendo um contraponto”.

No evento organizado pela Força Sindical devem participar deputados de partidos de oposição que atuaram pela aprovação da admissibilidade do pedido de impeachment, aprovado na Câmara no último dia 17. Os discursos deverão ser pontuados por críticas à condução do governo na área econômica, na geração de empregos e nas justificativas para o posicionamento favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Não tem como falar da crise do emprego, da recessão e do impeachment, até porque os deputados que comandaram o processo de impeachment vão falar sobre essa questão”, disse o deputado.

Paulinho afirma que, após as críticas ao Ponte para o Futuro – programa elaborado pelo PMDB com diretrizes para um eventual governo de Michel Temer que, na visão do deputado, reduz direitos trabalhistas – as conversas com o vice têm sido “positivas” no sentido da preservação destas garantias. “Ele disse que está à disposição, que vai conversar muito, negociar muito. É isso que a gente quer”, disse.

“O que estamos discutindo com ele é uma espécie de Ponte Para o Futuro 2, que deve ser divulgado nos próximos dias. O trabalhador pode ficar tranquilo e garantido que não vai ser retirado o direito dos trabalhadores”, afirmou.

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