metropoles.com

Para Toffoli, Lava Jato não é golpe

Ministro do STF, Dias Toffoli acredita num estado menos intervencionista e apoia a Lava Jato

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Dorivan Marinho/SCO/STF
dias-toffoli_STF_-brasilia03
1 de 1 dias-toffoli_STF_-brasilia03 - Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal está mudando, aos poucos, algumas convicções do ministro Dias Toffoli. Uma delas é achar que mais liberdade e menos proibição é melhor para todos. “A proibição leva à corrupção, a liberdade leva ao controle”, disse, em entrevista ao Estado. “Eu penso num Estado menos intervencionista, com uma sociedade mais livre. Quanto mais a sociedade não depender do Estado, melhor.”

Lembrou que era mais de esquerda, mas que se tornou mais liberal ao entrar para a Corte: “Eu tinha uma formação católica social de esquerda – e continuo com ela. Mas me tornei mais liberal. Esse tanto enorme de processos judicializados talvez fosse desnecessário se houvesse menos Estado e mais sociedade civil”.

A Operação Lava Jato, disse, está em ritmo adequado de tramitação no STF, devido a sua complexidade, e enquadrada nas leis. “Jamais existiria a Lava Jato se não houvesse as leis aprovadas nos últimos anos pelo Congresso Nacional, e sancionadas pelos últimos presidentes da República.”

Questionado se algo na Lava Jato o incomoda, Toffoli respondeu que “existem meios jurídicos de tentar combater os excessos que possam ocorrer nessa operação. Não se pode falar que é golpe, exceção, que não é o juiz natural. Isso está tudo dentro do Estado Democrático de Direito.”

Em resposta à crítica feita na terça-feira passada pelo ministro Teori Zavascki de “espetacularização” na apresentação da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que “aquilo foi uma manifestação dele, que tem mais conhecimento sobre o caso”, e reiterou que é melhor um Estado Democrático de Direito do que um regime de exceção. “Aqueles que se sentirem prejudicados com algum tipo de excesso vão ter a justiça para se socorrer. A mim, não causa espécie.”

O chamado mensalão, ou Ação Penal 470, entrou na conversa quando o ministro observou que, às vezes, as coisas parecem não ter fundamento, mas, vistas de perto, têm. Citou o caso do ex-deputado federal José Genoino, que condenou. “Muita gente achava óbvio absolver o Genoino”, disse. “Eu trabalhei com ele, que foi meu chefe na liderança do PT, era um parlamentar admirado por muita gente, tínhamos uma relação. Eu votei pela condenação, porque tinha provas contra ele.” E no caso do ex-ministro José Dirceu, por ele absolvido? “Para a maioria dos colegas da Corte, o Zé Dirceu era culpado. Mas eu avaliei que não tinha prova.” E acrescentou: “Eu tenho de julgar de acordo com o que está nos autos e nas provas, e não pelo meu desejo”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?