Para PF, áudio traz indícios de participação de Witzel em desvio de verbas
Operação Placebo teve governador do Rio como alvo e investiga desvio de dinheiro que deveria ser usado em ações na Saúde
atualizado
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Uma gravação obtida pela Polícia Federal no âmbito da Operação Placebo, que apura desvios de verbas que deveriam ser usadas no combate à pandemia do coronavírus, traz indícios de que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), teria participado do esquema. A informação foi divulgada pela emissora CNN Brasil.
Junto ao Ministério Público Federal (MPF), a PF deflagrou na manhã desta segunda a Operação Placebo. O Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Witzel, foi alvo da ação. Os mandatos de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com a PF, investigações que tiveram início no Ministério Público Estadual (MPRJ) e Ministério Público Federal (MPF) apontaram a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro já vinha sendo investigada pelo Ministério Público. No último dia 7, o ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves foi preso em operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc).
Neves e outras quatro pessoas são suspeitas de participar de organização criminosa que tinha o objetivo de obter vantagens em contratos emergenciais para a aquisição de respiradores pulmonares para tratar pacientes com Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
O caso levou o governador Wilson Witzel a exonerar o então secretário de Saúde, Edmar Santos, no último dia 17.