Para Mourão, regime de 64 “não foi ditadura, mas governo autoritário”
Em seminário, o vice-presidente também falou sobre a alta do presidente Jair Bolsonaro, no fim da tarde desta quarta-feira
atualizado
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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, declarou que o período iniciado em 1964 não se tratava de uma ditadura, e sim de um governo autoritário. A afirmação foi feita durante o seminário de abertura do ano da revista Voto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (13/2).
Em seu discurso, Mourão fez um resumo da história do Brasil, começando com o descobrimento das Américas, em 1492, até os dias atuais, com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O vice-presidente destacou que Bolsonaro foi eleito porque entendeu o sentimento de mudança desejado pela sociedade brasileira. Mourão disse, também, que o presidente utilizou “uma nova metodologia de se dirigir à população, com poucos recursos”.
Para o vice, a tarefa agora é a de romper o “imobilismo” e “a política do toma lá dá cá”, com uma nova forma de fazer indicações políticas e de se relacionar com o Congresso.
Ao falar sobre a época da ditadura, o vice-presidente disse que houve uma ruptura em 1964, com a queda do presidente João Goulart. No entanto, Mourão disse que aquilo que alguns chamam de ditadura, ele prefere chamar de governo de presidentes militares. Mourão ponderou, no entanto, que o período foi marcado por um governo autoritário, uma vez que o poder foi exercido por meio do ato institucional número 5 (AI5) por 10 anos.
O vice-presidente também falou sobre a necessidade de priorizar a segurança pública e defendeu a reforma da previdência.
Na palestra, o vice comemorou a alta hospitalar de Bolsonaro, confirmada pelo Palácio do Planalto pela manhã. “Temos a alegria de saber que no início da tarde de hoje o presidente Jair Bolsonaro está retornando”, afirmou. Mourão afirmou, ainda, que o presidente está “recuperado, capacitado e com determinação para assumir tarefas”. Com informações da Agência Estado.