Para Marina, aborto não deve ser “advogado como método contraceptivo”
Candidata da Rede propõe um plebiscito para qualquer alteração na legislação atual. Boulos (PSol) defendeu atendimento pelo SUS
atualizado
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O tema aborto entrou em discussão no debate da TV Band na noite desta quinta-feira (9/8). Questionado por jornalistas se são favoráveis ou contrários, Guilherme Boulos (PSol) e Marina Silva (Rede) marcaram posição.
“Ninguém é a favor do aborto. Somos a favor do direito de as mulheres decidirem. Não defendemos que elas sejam presas ou morram por condições precárias. Mulheres pobres e negras, porque as mais ricas fazem (o procedimento) em clínicas”, pontou Boulos.
O candidato do PSol disse que, caso eleito, o assunto “não será tema do código penal” e, sim, do “SUS, respeitando o direito das mulheres”. Além disso, prometeu creche integral como forma de auxiliá-las.
Marina Silva, por sua vez, destacou que o tema é “bastante difícil e complexo”, pois envolve “questões de natureza emocional e filosófica”. O nome da Rede ao Palácio do Planalto prosseguiu ao afirmar: “Isso não pode ser advogado como método contraceptivo. Queremos planejamento familiar e educação. Defendo que seja mantida a legislação atual e se for para ampliar que seja feito um plebiscito”, finalizou.
Na sexta-feira (3) e na segunda-feira (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou audiência pública para discutir a discriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. O PSol protocolou no STF a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 para questionar os artigos 124 e 125 do Código Penal, que criminalizam a interrupção da gravidez.
A relatora do processo, ministra Rosa Weber, convocou a audiência para embasar sua futura decisão. Nos dois dias de debates, foram 40 expositores a apresentar argumentos a respeito do tema.