Para Marco Feliciano, escritório em Jerusalém não é suficiente
Deputado federal disse que espera que Bolsonaro cumpra compromisso com bancada evangélica e mude embaixada brasileira para cidade sagrada
atualizado
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O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), ao comentar a abertura do escritório de negócios do Brasil em Jerusalém, disse esperar que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumpra com a palavra e, em breve, anuncie a mudança da embaixada brasileira em Israel da capital, Tel Aviv, para a cidade considerada sagrada pelos evangélicos.
A abertura do escritório somente representa um recuo do presidente brasileiro que, na campanha, firmou o compromisso com os evangélicos de transferir a representação do Brasil para Jerusalém, a exemplo do que fez o presidente norte-americano, Donald Trump.
Bolsonaro pretendia anunciar a transferência na primeira visita ao país, no entanto, apontou que vai fazer a mudança de modo gradual, até o fim do mandato.
“Respeito a abertura do escritório, porém o segmento evangélico, 1/3 do eleitorado brasileiro, q deu uma vantagem de 11 milhões de votos ao presidente @jairbolsonaro garantindo sua eleição, confia q ele cumprirá sua palavra e em breve mudará a embaixada brasileira para Jerusalém”, disse Marco Feliciano, que é pastor evangélico, por meio de sua conta no Twitter.
Respeito a abertura do escritório, porém o segmento evangélico, 1/3 do eleitorado brasileiro, q deu uma vantagem de 11 milhões de votos ao presidente @jairbolsonaro garantindo sua eleição, confia q ele cumprirá sua palavra e em breve mudará a embaixada brasileira para Jerusalém.
— Marco Feliciano (@marcofeliciano) March 31, 2019
Para a bancada evangélica, a decisão de abrir um escritório de negócios em Jerusalém e manter a embaixada brasileira em Tel Aviv não é suficiente.
A ideia de transferência é alvo de críticas dos países árabes, principais importadores de carne brasileira. Mesmo com o recuo parcial de Bolsonaro, a Autoridade Palestina (AP) não arrefeceu a resistência e, na noite desse domingo (31/3), chamou para consulta o embaixador no Brasil, Ibrahim Alzeben, em retaliação ao anúncio de Bolsonaro.