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Para Maia, houve excesso dos dois lados na briga “tigrão e tchutchuca”

O presidente da Câmara também informou ter conversado com petistas sobre a necessidade da reforma da Previdência

atualizado

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CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS
CCJ (1)
1 de 1 CCJ (1) - Foto: CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou nesta segunda-feira (8/4) o embate ocorrido na semana passada quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e foi chamado de “tigrão” com os mais pobres e “tchutchuca” com os mais ricos pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Para Rodrigo Maia, houve excessos das duas partes e que isso não é a primeira vez que acontece no Congresso.

“Alguns parlamentares se excedem. Não é a primeira vez que isso acontece nem vai ser a última. Não é bom para o Parlamento. Você sobe um pouco o tom a reação também é em um tom acima do normal. Mas isso não é a primeira vez que acontece e vai acontecer”, disse Maia.

O deputado disse ainda ter conversado com lideranças do PT sobre a necessidade de aprovação de uma reforma da Previdência, para não parecer que a Câmara não está preocupada com o equilíbrio das contas do país.

“No dia seguinte eu chamei os lideres do PT e pedi que todos tivessem uma compreensão que não estávamos vivendo um momento normal no Brasil – e que atinge estados e município e União – e não dá para transmitir uma mensagem na sociedade de que a gente não está preocupado com a reforma do estado brasileiro”, observou o parlamentar.

O presidente da Câmara tem investido em uma articulação para a construção de um texto do Congresso que modifique pontos da Previdência, mas que, afirma, seja menos oneroso para os segmentos mais pobres. Ele tem evitado falar em prazo para votação do texto do governo.

“Quando [matéria] estiver pronta para plenário, vou procurar os líderes do governo e vou perguntar qual é a melhor data para pautar e vai ser pautada”, disse.

Ao se referir à articulação para a aprovação, o deputado disse que a tarefa está com os líderes e que recuou na construção do chamado “presidencialismo de coalizão“.

“A gente imaginou que o diálogo era em um caminho, o presidente decide no outro. Eu acho corretíssimo, democrático, respeito e claro, cabe a ele, agora, junto com os ministros e com os líderes, organizarem pelo menos uma pactuação uma convergência em relação a uma agenda, começando pela Previdência. É claro que uma eleição em um outro formato, em um novo ciclo, abre uma nova relação. Acho que é legítimo”, disse.

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