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Para Maia, candidatura única de centro parece “conversa de bêbado”

Para deputado, a sociedade não identifica os candidatos de centro. Ele reclamou também que a base do governo está desorganizada

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
rodrigo maia
1 de 1 rodrigo maia - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo DEM, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), afirmou nesta quarta-feira (6/6) que a discussão sobre uma candidatura única de centro parece hoje uma conversa “meio de bêbado”. Segundo ele, partidos de campo discutem essa opção, mas a sociedade não enxerga o centro com os políticos.

“Estamos falando muito de centro e temos que entender que a sociedade não enxerga o centro como enxergamos. Fica uma conversa meio de bêbado. A sociedade não encontra nenhum candidato como de centro”, declarou o parlamentar fluminense em sabatina com pré-candidatos promovida pelo jornal Correio Braziliense nesta manhã na capital federal.

Maia afirmou que, até então, suas pesquisas apontavam o único candidato identificado como de centro pela sociedade o ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB), que desistiu de concorrer ao Planalto. Segundo o deputado, como nenhum dos outros pré-candidatos desse campo largou na frente e se consolidou, é “muito difícil” os outros tomarem decisão agora de desistir de suas candidaturas em prol de uma união.

“Enquanto isso não acontece, todos os postulantes vão tentando construir até julho suas candidaturas”, declarou Maia. Ele vem comandando negociação para uma possível aliança eleitoral do DEM com outros partidos do centro, como PP, PRB, PR e Solidariedade. A ideia é que as legendas estejam juntas na disputa presidencial apoiando um só candidato.

Desarticulação

O presidente da Câmara também disse que a base aliada está desorganizada em razão de uma “desarticulação grande” do governo do presidente Michel Temer. De acordo com o deputado, ele e os líderes partidários, e não a Secretaria de Governo, têm negociado diretamente com a equipe econômica a votação de uma agenda microeconômica para ser votada ainda este ano na Casa.

“Se a agenda da Câmara está atrasada, é porque, de fato, há uma desarticulação grande do governo com sua própria base”, declarou Maia em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense. “A base está desorganizada, o governo está desarticulado”, reforçou.

O presidente da Câmara ressaltou que tem trabalhado, “de forma semanal”, com a equipe econômica para discutir uma pauta de projetos microeconômicos para tentar colaborar com a recuperação do PIB no segundo semestre. “Nada está sendo feito de forma isolada. Não tem nenhuma agenda que vá ao encontro de nenhuma irresponsabilidade”, declarou.

Ele prometeu apresentar, em até três semanas, relatório do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. A ideia, disse, é votar a matéria pelo menos na comissão especial. Enquanto durar a intervenção federal na área de segurança no Rio, PECs não podem ser votadas no plenário da Câmara e do Senado nem promulgadas.

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