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Para Lorenzoni, é preciso ter “bons ouvidos” com oposição

Responsável por articulação com o Congresso, em seu discurso de posse, novo chefe da Casa Civil defende diálogo

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O último ministro a tomar posse em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (2/1) foi Onyx Lorenzoni. Ele assume como ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PSL). O cargo, um dos mais importantes e estratégicos do Planalto, foi transmitido pelo atual titular, o advogado e ex-deputado federal Eliseu Padilha.

Onyx foi um dos primeiros ministros escolhidos por Bolsonaro. Ele coordenou as ações no gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde apresentou a estrutura ministerial do futuro governo e concedeu dezenas de entrevistas ao longo das oito semanas de trabalho antes da posse do novo governo.

Lorenzoni iniciou o discurso – o mais longo entre os ministros – em tom religioso e falou sobre aquilo que considera desafios a Bolsonaro: acabar com o medo do povo brasileiro de ir às ruas, de ver o filho sair às ruas e não voltar.

Onyx também lembrou do atentado sofrido por Bolsonaro e elogio o futuro chefe do Planalto. “O agradecimento que temos de fazer a esse homem é que ele foi capaz de recuperar a esperança, de viver sem medo, e de olhar para o futuro com a certeza de que há futuro. E de muitos amigos que pensavam em sair do Brasil e que, hoje não, pensam em ficar para construir um novo futuro”, destacou.

Lorenzoni disse também que as disputas políticas e ideológicas podem e devem ser travadas. Em seguida, deu um recado aos governantes e opositores: “Sabemos que temos a responsabilidade de conduzir o Brasil e o presidente Bolsonaro é o primeiro a dizer que temos uma missão: acertar cotidianamente. Precisamos ter bons ouvidos àqueles que se opõem ao nosso governo”, finalizou.
Sobre o ministro.

Quem é Onyx Lorenzoni
Deputado federal Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni pauta sua atuação parlamentar com o discurso anticorrupção. Ele fez oposição aguda contra o governo do PT, participou do grupo que mais se mobilizou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e ficou conhecido pela relatoria do projeto 10 Medidas de Combate à Corrupção, proposto pelo Ministério Público.

Em 2017, Onyx admitiu ter recebido R$ 100 mil da JBS por meio de caixa dois para a campanha de 2014. Em meio à transição governamental, seu nome surgiu em uma nova tabela da JBS, datada de 2012, com doações irregulares do mesmo tipo. No primeiro caso, ele pediu desculpas. O segundo, não comentou. Este caso está sob análise do STF.

Recentemente, novas denúncias atingiram o parlamentar, que chefiou a equipe de transição de Bolsonaro. Durante a campanha, ele usou passagens da Câmara dos Deputados para participar de atos eleitorais, o que é vedado pela lei. O novo ministro admitiu o uso das passagens, no entanto, não reconheceu se tratar de um erro, sob a alegação de estar construindo um “novo futuro” para o país.

Ao longo da campanha eleitoral de 2018, Onyx contrariou a orientação de seu partido sobre o apoio para a disputa presidencial. Preteriu Geraldo Alckmin (PSDB) em favor de Jair Bolsonaro.

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