Para futuro ministro da Educação, 1964 é para “lembrar e comemorar”
Em seu blog, o professor escolhido por Bolsonaro critica Comissão da Verdade e elogia o golpe militar
atualizado
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O futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, elogiou o golpe militar de 1964 em artigo publicado em seu blog no dia 1º de abril de 2017. No texto, intitulado 31 de Março de 1964: É patriótico e necessário recordar essa data, ele defende que o dia é para se “lembrar e comemorar” e aponta o golpe como um “fruto exógeno aos brasileiros”.
“As Forças Armadas foram chamadas pela sociedade civil, a fim de que corrigissem o rumo enviesado pelo que o populismo janguista tinha feito enveredar a nau do Estado. Um populismo irresponsável que ameaçou esgarçar o tecido social, nos conduzindo perigosamente para o confronto civil. Era tudo o que os comunas queriam a fim de fazer o que sempre fizeram: pescar em águas turvas”, relata o futuro ministro.
Segundo Velez, a data é comparável a outros eventos históricos, como o “dia do fico”, por exemplo, no qual dom Pedro anuncia que ficaria no Brasil apesar da volta da família real portuguesa à Lisboa.
Em outro trecho do texto, o futuro ministro ataca o PT e defende o golpe e o regime militar: “Nos treze anos de desgoverno lulopetista os militantes e líderes do PT e coligados tentaram, por todos os meios, desmoralizar a memória dos nossos militares e do governo por eles instaurado em 64”, diz o texto publicado no blog O Rocinante (o cavalo de Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes).
O futuro ministro classifica de “malfadada” a Comissão da Verdade, que funcionou nos governo do PT com o objetivo de levantar informações sobre o regime e investigar crimes contra os direitos humanos cometidos pela ditadura.
“A meu ver, consistiu mais numa encenação para ‘omissão da verdade’, foi a iniciativa mais absurda que os petralhas tentaram impor.”