Para fugir de inelegibilidade, Mourão viaja para os Estados Unidos
A última viagem do general foi para a Espanha, enquanto chefe do Executivo estava na Cúpula das Américas
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) embarca, na manhã desta terça-feira (19/7), para Nova York, nos Estados Unidos. A última viagem do general foi para a Espanha, enquanto chefe do Executivo estava na Cúpula das Américas, em Los Angeles.
O principal motivo da viagem é fugir da inelegibilidade, já que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sairá do país nos próximos dias. Mourão, sendo pré-candidato ao Senado no Rio Grande do Sul, não poderia assumir interinamente sob pena de perder o direito a concorrer.
O general embarcou às 9h desta terça-feira. A previsão de retorno ao Brasil é na sexta-feira (22/7). Já o presidente Bolsonaro deve ir ao Paraguai, na próxima quinta-feira (21/7), para a Cúpula do Mercosul.
Em portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU), em julho, o general destacou 16 servidores do gabinete para o acompanharem na ida ao país.
Segundo Mourão, as agendas incluirão encontros com os líderes do país. A agenda oficial dos encontros ainda não foi disponibilizada pela Vice-Presidência da República.
Tenho [reunião] com o Bank of America, City Bank e Couseil of Americans. São várias reuniões e dois dias intensos. Saio terça, chego lá à noite e quarta e quinta de atividades, e volto na sexta. Tudo em Nova York”, disse o vice-presidente, na sexta-feira (15/7).
Bolsonaro viaja, Mourão viaja
Como o vice-presidente optou por se candidatar a uma vaga ao Senado Federal pelo estado do Rio Grande do Sul, pela Lei Eleitoral, ele não pode assumir a presidência interina do país nos seis meses anteriores ao pleito, caso contrário se torna inelegível nas eleições de outubro.
Como a eleição será em 2 de outubro, o general já não pode assumir a Presidência interinamente desde 2 de abril. A última ocasião em que assumiu o cargo foi em fevereiro, quando o chefe do Executivo federal foi à Rússia. Ao longo de todo o período de governo, o general exerceu a Presidência 21 vezes.
Nas ausências de Bolsonaro e Mourão, quem deverá assumir o comando do país é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Em seguida, aparecem na linha sucessória da Presidência o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.