Para Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho age por interesse em vaga no Senado
O senador prestou depoimento nesta tarde ao Ministério Público Federal. Ele negou as acusações do empresário, que é seu suplente
atualizado
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse nesta segunda-feira (20/7) que o empresário Paulo Marinho, suplente dele no Senado Federal, está “mais interessado” na vaga dele do que “em tomar conta da própria vida”.
O parlamentar prestou depoimento nesta tarde ao Ministério Público Federal (MPF), no âmbito do inquérito que investiga supostos vazamentos da Polícia Federal (PF) na Operação Furna da Onça.
“Pelo que parece, ele está mais interessado na minha vaga no Senado do que tomar conta da própria vida”, disse Flávio na saída do Senado. O parlamentar afirmou ainda que o suplente quer “se aproveitar da máquina pública para se promover”. “Em cima de mim, não”, completou.
Na oitiva, o parlamentar negou todas as acusações de Marinho. O empresário dissse que Flávio teria sido avisado por um delegado da PF próximo à família Bolsonaro de que haveria uma operação para apurar movimentações suspeitas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
“Sem reação incomum”
O depoimento ao MPF, que ocorreu no gabinete de Flávio no Senado, durou cerca de 40 minutos e, segundo o procurador da República, Eduardo Benones, o parlamentar não esboçou nenhuma reação incomum durante a oitiva.
“As pessoas têm que entender que para construir sua vida política tem que ser pelos próprios méritos, não querendo tacar pedra. Vou continuar trabalhando muito pelo Rio de Janeiro e isso aí é página virada”, completou Flávio.
Rachadinha
A operação identificou as movimentações suspeitas do PM reformado Fabrício Queiroz, que era chefe de gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
As primeiras informações mostravam uma movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, hoje em prisão domiciliar, e centenas de depósitos em dinheiro nos dias seguintes ao pagamento dos comissionados, o que configura rachadinha do salário, segundo o Ministério Público.