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Para faltar CPI, Joesley diz não querer “desperdiçar dinheiro público”

Nesta quarta-feira (22/11), a defesa entrou com um pedido solicitando que empresário seja liberado de depoimento na CPMI da JBS

atualizado

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Joesley Batista
1 de 1 Joesley Batista - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O empresário Joesley Batista foi convocado a prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS. A oitiva do executivo está marcada para o próximo dia 28. Para evitar a ida do empresário ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (22/11) a defesa entrou com um pedido solicitando que um dos donos da JBS seja liberado da convocação. No entanto, é o argumento usado pelos advogados que chama atenção.

No documento, a defesa afirma que o empresário ficará em silêncio durante a sessão, como lhe é garantido por direito. Assim, já que Joesley Batista não irá falar nada de importante aos senadores e deputados, forçá-lo a ir ao depoimento seria apenas desperdício de dinheiro público. “A decisão de manter a oitiva do ora requerente poderá acarretar elevados e desnecessários gastos públicos pela quarta vez”, completa o texto.

As outras três vezes as quais os advogados fazem referências são os depoimentos dos também executivos da JBS Wesley Batista e Ricardo Saud e do advogado da empresa Francisco de Assis e Silva que, durante oitiva, preferiram manter o silêncio na tentativa de reaver os benefícios previstos  em acordo de delação premiada que está suspenso.

Comissão parlamentar
A CPMI da JBS foi instalada no Congresso Nacional em 5 de setembro deste ano e tem como objetivo investigar as delações premiadas dos irmãos Batista, além das relações da empresa com políticos e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em delação, os executivos da empresa relataram o pagamento de propina a políticos de todo o país em troca de “contrapartidas” que favorecessem a empresa.

No entanto, de acordo com a oposição, a comissão foi montada para desvalorizar as denúncias feitas pelos executivos e funcionários da JBS a integrantes do PMDB, entre eles, o presidente da República, Michel Temer. Na semana passada, o Metrópoles mostrou que a CPMI vem andando lentamente.

A comissão realizou, até agora, 13 reuniões. Em dois meses, senadores e deputados que integram o colegiado aprovaram 32 requerimentos para ouvir testemunhas e acusados. Entre as pessoas convidadas ou convocadas a darem explicações aos parlamentares, apenas 11 já compareceram – isso representa 34% do total.

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