Para deputado pressa por votação é o pavor contra delação da Odebrecht
Gualberto defendeu que os parlamentares tenham mais tempo para analisar o texto
atualizado
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O deputado João Gualberto (PSDB-BA) disse nesta quinta-feira, 24, que a pressa em votar o projeto de lei das medidas anticorrupção reflete um “pavor” dos políticos a delação de executivos da Odebrecht, que, segundo ele, deve sair amanhã.
Em sessão da Câmara que aprecia o pedido de urgência na votação da matéria, prorrogada há pouco por mais uma hora, Gualberto defendeu que os parlamentares tenham mais tempo para analisar o texto.
Posicionamento na mesma linha foi expressado pelos deputados Sandro Alex (PSD-PR), Givaldo Carimbão (PHS-AL) e Vanderlei Macris (PSDB-SP), além de Ivan Valente (PSOL-SP), que disse ainda ter um requerimento assinado por uma dezena de partidos -incluindo, além de sua sigla, PROS e Rede – que cobra “verificação” dos votos dos parlamentares caso o substitutivo apareça com anistia explicita ao caixa dois.
Valente afirmou que a pressa na votação do projeto podem significar a “destruição moral” da Câmara. “É muito grave votar açodadamente. A maioria dos deputados não conhece o texto aprovado pela comissão especial. Há uma série de questões a serem discutidas”, disse Valente. “Anistia ao caixa dois, em hipótese nenhuma”, disse em seu discurso.
Luiza Erundina (PSOL-SP), que também pediu mais tempo para votação do texto, afirmou que qualquer adulteração à proposta que veio do Ministério Público, como a tentativa de anistiar crimes eleitorais, terá o repúdio da sociedade.
O deputado Sandro Alex (PSD-PR) defendeu que a votação do projeto na semana que vem permitirá o acompanhamento da sociedade, enquanto o debate Vanderlei Macris (PSDB-SP) cobrou debate mais aprofundado.