metropoles.com

Para defesa de Lula, novas mensagens expõem ilegalidade de Moro

PT também repudiou conduta do ex-juiz, dizendo que ele chefiou “organização criminosa contra a Democracia”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Presidente Lula
1 de 1 Presidente Lula - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em nota divulgada neste domingo, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontaram uma série de ilegalidades cometidas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, quando ele era juiz da Lava Jato e que, na opinião da defesa, ficaram explícitas a partir da reportagem publicada pelo Jornal Folha de S.Paulo, em parceria com o site The Intercept Brasil.

De acordo com os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins, a reportagem expõe que o então juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato, em Curitiba esconderam do Supremo Tribunal Federal (STF) as conversas interceptadas de Lula que apontavam motivação diferente de Lula para ace3itar o cargo de ministro, oferecido por Dilma, que não a de fugir de uma condenação em 1º Instância por meio do foro privilegiado.

Os advogados entenderam que Moro e os procuradores sabiam das ilegalidades que estavam cometendo ao divulgar o áudio da conversa de Dilma com o ex-presidente e que a Lava Jato interceptou ilegalmente conversas do ex-presidente com seus advogados.

“A conversa mantida entre o advogado Cristiano Zanin Martins e o exPresidente Lula em 16/03/2016, gravada e ouvida ilicitamente pela Lava Jato, reforça que o ex-presidente Lula sequer tinha o objetivo de aceitar o cargo de Ministro de Estado e muito menos o de impedir qualquer investigação da Lava Jato”. diz o texto divulgado.

Na nota, os advogados dizem esperar que o STF julgue o habeas corpus já impetrado em favor de Lula baseado na suspeição de Moro, que decretou a prisão.

As novas mensagens secretas da Lava Jato divulgadas neste domingo (08/09/2019) mostram que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, os procuradores da operação e investigadores da Polícia Federal planejaram o vazamento do grampo ilegal da conversa entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando o petista aceitou ser ministro da Casa Civil do governo dela, em 16 de março de 2016. Ao mesmo tempo, eles ignoraram outras mensagens interceptadas que permitem outro entendimento para a situação.

As conversas foram obtidas pelo site The Intercept Brasil e analisadas junto à Folha de São Paulo. Os diálogos mostram que procuradores e integrantes da PF tiveram acesso em tempo real às conversas de Lula e Dilma, que rapidamente eram compartilhadas em grupos do Telegram com análises internas. Os agentes da polícia continuaram ouvindo as conversas entre os ex-presidentes e relatando aos procuradores pelo aplicativo, ao passo que Moro já havia pedido a suspensão das escutas.

No mesmo dia, após Lula aceitar o convite, Moro divulgou o diálogo entre os petistas cinco horas após mandar interromper a escuta telefônica. À época, a gravação levou à anulação da posse de Lula, decidida pelo Supremo Tribunal Federal. Isso porque, para a Lava Jato, a nomeação do ex-presidente seria uma manobra para ele deixar de ser investigado pela Vara de Curitiba e passar para a Suprema Corte.

PT
Também o PT repudiou a conduta do ministro Sergio Moro e afirmou, por meio de nota, que o ex-juiz “chefiou uma organização criminosa contra a democracia”. “As novas revelações sobre as conversas secretas de Sérgio Moro com os procuradores e policiais federais da Lava Jato confirmam que ele comandou uma verdadeira organização criminosa para atacar o processo democrático no Brasil. Fizeram espionagem política dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, de ministros e ex-ministros, além de grampear ilegalmente as conversas de Lula com seus advogados”, diz a nota divulgada pelo partido.

Na nota, o partido defende a anulação dos processos da Lava Jato nos quais Lula foi condenado, diante a imparcialidade de Moro e dos procuradores que conduziram os casos. “As revelações deste domingo somam-se aos robustos argumentos apresentados pela defesa de Lula ao STF, mostrando que é inadiável reconhecer a parcialidade de Moro e dos procuradores, anular um processo viciado desde o início e garantir o direito de Lula a um julgamento justo”, diz a nota assinada pela presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?