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Para Ciro, autonomia do BC é caso de “ir para a rua e quebrar tudo”

O pedetistao disse ainda não querer ser injusto com o governo de Jair Bolsonaro, mas completou dizendo que é “muito ruim”

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Especial para o Metrópoles
Ciro Gomes
1 de 1 Ciro Gomes - Foto: Vinícius Santa Rosa/Especial para o Metrópoles

O candidato à Presidência nas eleições de 2018 pelo PDT, Ciro Gomes, criticou nesta quinta-feira (11/4) a proposta do governo Jair Bolsonaro (PSL) de dar autonomia ao Banco Central. “Isso acontecendo, é daqueles casos de ir para a rua e quebrar tudo. Afirmo com toda serenidade”, declarou. As informações são da Folha de S.Paulo.

Ciro disse que o Brasil é o país do mundo capitalista que “tem menos bancos do planeta Terra”, e afirmou que, ao entregar o BC ao predomínio do sistema financeiro com o atual nível de concentração bancária, o governo está destruindo a nação brasileira com qualquer condição de autonomia”.

“Isso é a violenta e definitiva formalização de entrega do destino da nação brasileira a três bancos. Eu não conheço o projeto. Vou lê-lo, mas conheço a intenção”, completou o pedetista.

O ex-ministro fez uma coletiva nesta quinta na sede nacional do Partido Democrático Trabalhista, em Brasília, para apresentar o “Observatório Trabalhista”, plataforma pela qual pretende acompanhar os indicadores do governo Bolsonaro. Ele alegou “não querer ser injusto com o governo rival”, mas criticou o que chamou de “postura criminosa” em temas como a administração em política externa.

Três meses de governo
Segundo o pedetista, que avaliou os três primeiros meses da gestão Bolsonaro, o governo é “muito ruim”. “Remédio para governo ruim, e eu considero o governo de Bolsonaro mais do que ruim, não é impeachment. Remédio para governo ruim é pressão. É o que eu estou tentando fazer. Respeitar o voto popular e aprender a votar”, completou o ex-ministro.

Ciro Gomes foi questionado se já haveria condições para um pedido formal de impeachment do presidente. Ele, porém, descartou a possibilidade.

“O jurista Miguel Reale Junior, que foi instrumento do golpe contra a [ex-presidente] Dilma [Rousseff], agora tenta instrumentalizar um golpe contra o Bolsonaro”, afirmou.

Críticas
O principal ponto criticado pelo ex-ministro foi a política externa do presidente, chamada de “vergonhosa e entreguista” em várias ocasiões. “O erro mais grave é o posicionamento, o alinhamento estúpido do Brasil com interesses estrangeiros”, observou.

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