“Pânico injustificado”, diz Mourão sobre carta pela democracia
Na sexta-feira (29/7), o manifesto “Em Defesa da Democracia e da Justiça” ultrapassou a marca de 500 mil assinaturas
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) comentou, na manhã desta segunda-feira (1º/8), a carta Em Defesa da Democracia e da Justiça, que ultrapassou 500 mil assinaturas na última sexta. Para o general, “há certo pânico que não é justificado” acerca dos limites da democracia. Mourão também saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Se critica muito a pessoa do presidente [Jair Bolsonaro], mas o presidente em nenhum momento buscou fazer alguma mudança que levasse a um desabamento do nosso sistema”, falou.
Na fala, Mourão pontuou que as falas do presidente voltadas ao sistema eleitoral são uma “retórica forte. “É só isso aí, uma retórica. As ações jamais foram nesse sentido. Então, eu acho que é um pânico desnecessário”, disse.
Divulgado na terça-feira (26/7), o documento “Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito” foi elaborado com o intuito de defender a democracia e as urnas eletrônicas. Sem citar nomes, o documento afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.
Alexandre de Moraes no TSE
Durante a conversa com jornalistas, na chegada ao Palácio do Planalto, o vice-presidente também comentou a posse do ministro Alexandre de Moraes para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no próximo 16 de agosto.
Mourão disse que espera que o magistrado se “comporte de acordo com as regras”.
“Ele é o juiz e não tem VAR, tá? Então, ele tem que ser bem circunspecto e bem atento às coisas que tem que fazer. Eu vou evitar críticas diretas ao ministro do Supremo”, continuou.