metropoles.com

Palocci recorre para revogar delações de Baiano e de doleiro

Informação foi divulgada pelo defensor do ex-ministro. Advogado ampara iniciativa na acareação promovida pela PF entre Baiano e ex-diretor da Petrobras

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
José Cruz/ABr
Antonio Palocci
1 de 1 Antonio Palocci - Foto: José Cruz/ABr

A defesa do ex-ministro Antonio Palocci vai requerer ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revogação da homologação das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef – peça central da Operação Lava Jato – e do lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras. A informação foi divulgada pelo criminalista José Roberto Batochio, defensor do ex-ministro.

O advogado ampara sua iniciativa na acareação promovida pela Polícia Federal na quinta-feira (5/11) passada entre Baiano e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Frente a frente, Costa desmentiu Baiano, que alegou ter se reunido com o ex-diretor no comitê eleitoral de Dilma Rousseff, em 2010, para discutir detalhes de suposto repasse de R$ 2 milhões à campanha da petista.

“O pedido de revogação está sendo elaborado porque, em primeiro lugar, antes de haver a delação premiada, o sr. Alberto Youssef já anunciou que, em razão de um conluio de cela, um ajuste de xadrez, estavam construindo uma nova delação para justificar a contradição que havia entre os relatos do doleiro e Paulo Roberto Costa”, disse Batochio.

O criminalista destaca que o próprio Costa, quando acareado com Baiano, lembrou que o doleiro foi à CPI da Petrobras e disse: “Olha, vai haver uma delação premiada e um novo delator vai esclarecer o episódio Palocci”. “Quer dizer que essas delações são construídas no mundo das sombras do cárcere? O que estamos verificando é exatamente que essas contradições ficam cada vez piores. Fazem essas articulações para consertar uma contradição que não pode ser consertada nunca. Porque o que eles disseram é uma grande mentira. O sr. Youssef ajudou a construir essa versão, segundo o próprio termo de acareação (entre Baiano e Paulo Roberto Costa)”, afirmou o advogado.

Batochio aponta para um trecho da acareação em que Baiano se confundiu sobre o hotel em que teria se hospedado em Brasília na época do suposto encontro entre ele, Costa e Palocci em 2010. “Essa história de Fernando Baiano dizer, primeiro, que se hospedou no hotel Meliá e depois dizer que pode ter sido no hotel Naum é um dado objetivo. Isso mostra que a história é absolutamente mentirosa. Quem é mentiroso não pode receber o benefício da delação premiada.”

Para ele, “a Justiça não pode aceitar uma delação que pode levar ao descrédito absoluto (da Lava Jato)”. “Independentemente da anulação das delações, o fato é que alguém precisa denunciar essas mentiras. (Palocci) Nunca esteve, nunca recebeu e nunca tratou de qualquer assunto de contribuição de campanha com o sr. Fernando Baiano.”

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?