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Palocci: Lula acertou propina em compra de submarinos e helicópteros

O ato teria ocorrido junto com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy em 2009, com intuito de selar aquisição de equipamentos para a FAB

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CELSO JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Em nova fase da Lava Jato, PF prende ex-ministro Antonio Palocci
1 de 1 Em nova fase da Lava Jato, PF prende ex-ministro Antonio Palocci - Foto: CELSO JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-ministro Antonio Palocci (Ministério da Fazenda/Casa Civil/Governos Lula e Dilma) narrou em depoimento à Justiça Federal, em Brasília, uma reunião entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, da França, em que teria sido negociado o pagamento de propina para a compra de helicópteros e a construção de submarinos nucleares pelo Brasil.

Palocci prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (18/3) via teleconferência da Justiça Federal em São Paulo. A oitiva se deu no âmbito da ação penal da Operação Zelotes, em que o ex-presidente Lula é réu por suposto tráfico de influência na compra dos caças suecos da marca Grippen e na edição da MP 627.

A reunião, disse Palocci, foi realizada em 7 de setembro de 2009 e teve como objetivo selar a aquisição dos equipamentos para as Forças Armadas brasileiras.

Na versão dada pelo ex-ministro, o acordo também englobaria a compra de caças pelo Brasil, mas nesse caso o acordo não vingou. Anos depois, o governo brasileiro adquiriu os aviões da sueca Saab.

Palocci disse que em seu acordo de colaboração firmado com a Polícia Federal e o Ministério Público abordou detalhes sobre a compra dos submarinos e helicópteros, mas não tem informações sobre a aquisição dos caças suecos.

Segundo ele, na reunião realizada em 2009, foi feito um “acordo do conjunto da compra” e teria se discutido “ilícitos”. Parte do dinheiro relacionado às negociações, explicou Palocci, teria sido destinada ao PT.

A construção dos submarinos já havia sido citada no acordo de colaboração de executivos da Odebrecht, parceira de uma empresa francesa no projeto.

Segundo os delatores, parte da propina teria sido paga ao PT e outra teria sido encaminhada a um operador de propina ligado aos franceses. O caso é investigado pela Procuradoria da República do Distrito Federal.

Também ouvido pela Justiça Federal nesta segunda-feira (18), o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou que, na reunião entre Lula e Sarkozy, tenha se discutido o pagamento de propina.

Segundo Jobim, presente no encontro, a conversa teve como objetivo tratar do preço das aquisições e contratações.

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