metropoles.com

Padilha nega relação dos juros com arcabouço e vê Congresso favorável

Ministro Alexandre Padilha disse que há “um ambiente muito positivo” e “disposição” do Congresso para aprovar o novo arcabouço fiscal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Matheus Veloso/Metrópoles
Assessores Alexandre Padilha pós reunião com Lula em Brasília / Metrópoles
1 de 1 Assessores Alexandre Padilha pós reunião com Lula em Brasília / Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (23/3) que não considera que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a Selic, tenha sido impactada pelo atraso no anúncio do novo arcabouço fiscal, medida que substituirá o teto de gastos.

“Certamente não foi apresentar ou não apresentar que mobilizou a decisão do Banco Central”, disse Padilha, após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o governo está fazendo sua parte e a expectativa agora é que o Brasil entre em uma trajetória decrescente de juros.

Na quarta-feira (22/3), o Copom decidiu manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2016. Questionado se foi por falta de apresentação do arcabouço que o BC manteve os juros, Padilha respondeu:

“Não, tenho certeza absoluta que não”. Em seguida, afirmou: “O que ouço dos empresários, o que ouço de economistas, o que ouço, inclusive, de lideranças políticas do Congresso Nacional, é que a situação dos juros no país é desproporcional em relação aos outros países do mundo”.

Ambiente no Congresso

Responsável pela articulação política com o Congresso, o ministro disse ver “um ambiente muito positivo” entre parlamentares para a votação do novo arcabouço.

“Hoje o Congresso dá mais sinais de que tem um ambiente muito positivo no Congresso Nacional para que o marco fiscal, chegando lá, a gente tenha um debate com muita qualidade. Há uma disposição do Congresso Nacional de aprovar um novo marco fiscal para o país, para que o Brasil tenha uma regra que ultrapasse o nosso governo Lula, que dê segurança, estabilidade, previsibilidade para quem quer investir”, afirmou.

Segundo Padilha, há disposição de lideranças para o marco fiscal tramitar “com muita qualidade e com a rapidez necessária”. Ele, no entanto, não apresentou uma previsão de prazo.

“A decisão de aguardar, de poder apresentá-lo depois da volta da China é natural. Tem um debate que está sendo feito. É o tempo necessário para ter a melhor proposta”, pontuou. “Reforcei ao ministro Fernando Haddad o ambiente positivo no Congresso Nacional hoje para que o marco fiscal chegando ao Congresso tenha celeridade na tramitação”, prosseguiu.

Na reunião com Haddad, Padilha ainda convidou o ministro para participar da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conhecido como “Conselhão”, que deve ocorrer na primeira quinzena de abril.

Embate sobre MPs

Padilha minimizou o embate que ocorre entre Câmara e Senado em torno da tramitação das medidas provisórias (MPs), o que tem represado a análise das medidas editadas pelo governo  Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Tenho certeza absoluta de que nós vamos entrar em um ritmo, Câmara e Senado, de calendário de votação de medidas provisórias até o prazo que elas têm. Nós temos até o final de maio, junho para aprovar as primeiras medidas provisórias  do governo do presidente Lula”, assinalou.

O ministro ainda pontuou que o governo conseguiu aprovar “tudo aquilo que precisávamos” e frisou a vitória do candidato Rodrigo Pacheco (PSD-MG)  à Presidência do Senado, contra um candidato bolsonarista, em fevereiro.

Ele também citou o controle de importantes comissões da Câmara, como a de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Finanças e Tributação (CFT), por deputados governistas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?