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Padilha não descarta demissão de ministra do Turismo: “Absolutamente natural”

Segundo Padilha, haverá uma reunião, nos próximos dias, com o União Brasil, sigla da ministra, para dirimir o imbróglio

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados ouve a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) 9
1 de 1 Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados ouve a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) 9 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em fala durante evento de comemoração aos 24 anos do Ministério da Defesa, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, não descartou a saída da ministra Daniela Carneiro, do Turismo, nos próximos dias. Segundo o chefe da pasta, haverá uma reunião, nos próximos dias, com o União Brasil, sigla dela, para resolver a questão.

“Está em debate um pedido de reformulação dos seus ministros. Então, nós vamos continuar discutindo, vamos ver tanto na nossa agenda, na qual nessa reunião ministerial não foi possível fazer antes, mas vamos programar nos próximos dias, ouvir os dirigentes do União Brasil qual a proposta que eles apresentam em relação a isso. É absolutamente natural que esse debate possa acontecer, sobretudo com ministros que são indicados por partidos”, afirmou Padilha.

O ministro acrecentou que, ontem, durante reunião ministerial, Daniela, que ganhou uma sobrevida na pasta, na terça-feira (13/6), apresentou propostas e trabalho à frente do Turismo.

“A ministra do turismo apresentou o seu trabalho, fez o seu balanço, colocou seus desafios, como cada um dos ministros e ministras falaram. O presidente Lula tem um apreço pelo trabalho que está sendo feito pela ministra”, salientou o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais.

“O que está em questão não é o trabalho da ministra, mas, o que é natural, (o que está em questão) é aquele ministério, que foi uma indicação partidária, diferentemente de outros ministérios, que foram indicações técnicas, de pessoas que não são filiadas aos partidos, e esse partido colocou em questão”, explicou Padilha.

Ministério da Saúde

Interlocutores do governo no Congresso contam que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer colocar aliados no Ministério da Saúde e nas três pastas hoje comandadas por indicados do União Brasil – partido que não tem dado o apoio esperado ao governo, apesar de ter grande espaço na Esplanada dos Ministérios.

Padilha, no entanto, descartou trocas no Ministério da Saúde, até porque a colocação de Nísia Trindade na pasta não foi “política”.

“Um debate diferente, por exemplo, é o caso da Saúde, a ministra Nísia não é filiada a nenhum partido. O presidente Lula, desde o começo, tomou uma decisão de colocar no Ministério da Saúde um quadro da saúde pública, ex-presidente da Fiocruz, que não fosse filiado a nenhum partido”, ressaltou.

“Não está em discussão em relação ao Ministério da Saúde a composição partidária. Tem outros ministérios que foram ministérios discutidos com a composição partidária, que é parte da democracia que se faz na democracia. O Ministério do Turismo é um exemplo disso”, completou.

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