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Padilha isenta GSI em invasão: “Negligência foi cometida pelo GDF”

Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a falha veio das forças de segurança do DF e isentou o GSI

atualizado

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Assessores Alexandre Padilha pós reunião com Lula em Brasília / Metrópoles
1 de 1 Assessores Alexandre Padilha pós reunião com Lula em Brasília / Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, isentou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de responsabilidade pelas falhas no último domingo (8/1), quando terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e vandalizaram prédios públicos, entre eles o Palácio do Planalto.

O GSI é órgão da Presidência da República responsável pla inteligência do governo, que monitora riscos institucionais e à segurança do presidente. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é vinculada ao GSI, por exemplo. Ele é chefiado, desde 1º de janeiro, pelo general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias.

Ao ser questionado por jornalistas, nesta terça-feira (10/1), sobre omissão do GSI, Padilha, que é um dos auxiliares mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respondeu que quem falhou foram as forças de segurança do Distrito Federal.

“O GSI, que é coordenado pelo general Gonçalves Dias, uma pessoa que comandou a segurança pessoal do presidente da República durante oito anos, nos primeiros governos do presidente Lula, certamente vai fazer a apuração se teve algum erro individual, como também essa apuração está sendo feito por outros ministérios”, afirmou Padilha.

“Mas a negligência foi cometida pelo GDF, que não garantiu aquilo que estava pré-estabelecido. Se tivesse sido firme e garantido o que estava sendo preestabelecido, nada disso teria acontecido. O próprio pedido de desculpas por parte do governador é a maior demonstração de que ele reconhece que o erro foi cometido pelos agentes do GDF”, prosseguiu.

Os militares do GSI teriam sido lenientes ao conter os invasores, que entraram no edifício-sede do Poder Executivo federal pela rampa principal. O próprio entorno de Lula tem cobrado o GSI sobre a atuação no domingo.

Sobre o fato de o governo não ter dissipado os acampamentos na frente dos quartéis-generais, Padilha também colocou na conta do Governo do Distrito Federal:

“Quem errou, cometeu negligência – inclusive o governador afastado [Ibaneis Rocha] pediu desculpa por isso – foi o GDF. Quem falhou, cometeu negligência, não cumpriu os protocolos preestabelecidos com o ministro da Defesa e o ministro da Justiça foi o GDF”.

Antes das invasões, o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, era contra a retirada à força dos bolsonaristas das portas dos quartéis e previa que os golpistas deixariam o local de forma voluntária. Agora, há pressão de lideranças do PT pela demissão do ministro, conforme apuração do colunista do Metrópoles Igor Gadelha.

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Manifestantes quebraram as janelas
Extremistas quebram móveis do interior do Palácio
Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio
Há gavetas reviradas e armários depredados
Congresso Nacional e STF também foram invadidos
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Extremistas conseguiram entrar no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023

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Manifestantes quebraram as janelas

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Extremistas quebram móveis do interior do Palácio

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Há gavetas reviradas e armários depredados

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Congresso Nacional e STF também foram invadidos

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Quem é o chefe do GSI

Conhecido no meio militar como “general do Lula”, Gonçalves Dias entrou no Exército em 1969 por meio da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Cadete é a patente inicial para se tornar um oficial das Forças Armadas.

No governo Lula, o general foi secretário de Segurança da Presidência da República. Em seguida, tornou- se comandante da 6ª Região Militar, que é sediada em Salvador, com jurisdição sobre Bahia e Sergipe.

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