Pacote anticorrupção do MPF tem propostas “fascistas”, diz Renan
Renan criticou duramente algumas propostas inicialmente sugeridas pelos procuradores ao Congresso
atualizado
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (30/11) que o pacote anticorrupção apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Congresso estava “fadado” a sofrer modificações. Em votação na Câmara, na madrugada desta quarta deputados desfiguraram o projeto. Das dez medidas originais, apenas quatro passaram parcialmente e itens que podem enfraquecer investigações foram incluídos.
Renan criticou duramente algumas propostas inicialmente sugeridas pelos procuradores ao Congresso. “Propostas como informante do bem, validação de provas ilícitas e teste de integridade só seriam aceitas em um regime fascista”, afirmou. Esses itens, contudo, eram considerados polêmicos e já haviam sido retirados do parecer pelo relator do projeto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
“(O pacote) não poderia ter sido aprovado assim, a menos que fosse um estado de exceção. Não poderia ter tido outro tratamento, o pacote estava fadado a receber o tratamento que recebeu”, declarou Renan. Ele completou que “não é essa a democracia que se deseja” no Brasil.