Pacheco sobre Estado de Mobilização Nacional: “Cortina de fumaça”
Presidente do Senado cobrou que o “foco nacional” do Parlamento seja o combate à pandemia de Covid-19
atualizado
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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), classificou como “cortina de fumaça” o movimento do líder do PSL na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, para pautar projeto de lei que permite a decretação do Estado de Mobilização Nacional.
Em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (30/3), Pacheco afirmou que o “foco nacional deve ser o combate à pandemia”.
“Não nos permitamos que fatos paralelos possam estabelecer uma cortina de fumaça em relação ao nosso grande problema hoje. Foco nacional é o combate à pandemia”, enfatizou o senador.
Questionado sobre sua avaliação em relação às trocas ministeriais promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Casa defendeu as mudanças feitas do mandatário do país como “naturais”.
“Enxergo com naturalidade. Ontem, houve uma reforma ministerial, que são comuns no governo. Não podemos tratar como excepcional.”
“Não consigo antever o que é a intenção do presidente da República. Minha obrigação é acreditar e confiar que se trata de uma reforma ministerial, dentro dos limites de suas prerrogativas como presidente. Não me permito fazer nenhum tipo de especulação”, completou.
Pacheco se mostrou descrente com a possibilidade de o governo federal politizar as Forças Armadas. “As Forças Armadas têm compromisso constitucional de preservar e garantir a paz, de defesa da Constituição e do Estado democrático de direito.”
Durante a conversa, o presidente do Senado também cobrou a inclusão de profissionais de segurança e da educação nos chamados grupos prioritários de imunização contra o novo coronavírus.
“Esse contingente precisa ser vacinado. As forças de segurança garantem nossa institucionalidade, nossa segurança pública e precisam ter segurança para sua atuação. Os profissionais de educação também precisam ser vacinados, precisamos de uma previsão de retomada do ensino no Brasil”, defendeu.