Pacheco se reúne com Silva e Luna e cobra “viés social” da Petrobras
Presidente do Senado Federal pediu ao comandante da Petrobras que a estatal adote uma política de preço que leve em conta um viés social
atualizado
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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu, nesta quarta-feira (17/11), o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, e outros diretores da empresa para discutir a participação da estatal na redução dos preços dos combustíveis.
Após o encontro, que ocorreu fora da agenda na Residência Oficial do Senado, Pacheco afirmou que discutiu e cobrou do militar ações efetivas na detecção dos entraves que oneram o setor de gás e combustível e na “adoção de uma política de preço que leve em conta um possível viés social da Petrobras”.
A vontade de Pacheco era de que o encontro tivesse ocorrido no início de novembro, o que não foi possível em razão das agendas conflitantes do presidente da estatal e do presidente do Senado. Recentemente, o parlamentar esteve em Glasgow, na Escócia, para a COP26, e em Lisboa, em Portugal, onde participou do Fórum de Integração Brasil/Europa. Ele voltou nessa terça (16/11).
No fim de outubro, o senador mineiro cobrou que a Petrobras adotasse postura mais ativa nas discussões em torno de alternativas para conter o crescimento vertiginoso no valor dos combustíveis.
A cobrança ocorreu após encontro do senador com membros do Fórum Nacional de Governadores para discutir o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que altera o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis.
“A Petrobras tem que tomar parte deste problema do preço dos combustíveis. Os governadores querem a participação da Petrobras nessa discussão”, enfatizou o senador na ocasião.
ICMS
O balanço do encontro, segundo Pacheco, resultou no avaliação de que é unânime o entendimento que o ICMS não é o único problema, tão pouco o problema principal, para os valores elevados ofertados nas bombas de gasolina.
Aprovada em 13 de outubro, a proposta que altera a cobrança do ICMS está parada no Senado desde então. Pacheco defendeu a necessidade de que todos os atores envolvidos no projeto fossem ouvidos antes de dar prosseguimento à tramitação da matéria.