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Pacheco não vê fundamento em impeachment: “Não contem comigo para desunião”

Presidente do Senado afirmou que o impeachment não pode ser “banalizado ou mal usado” – nem para ministros do STF nem para Bolsonaro

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), chega para reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux
1 de 1 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), chega para reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ao comentar o pedido apresentado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no fim da tarde desta sexta-feira (20/8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que não vê fundamentos técnicos nem políticos para se pedir o impeachment do de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele acredita que o instituto do impeachment não pode ser “banalizado ou mal usado”.

Pacheco ainda afirmou que continuará trabalhando para um ambiente pacífico na política. “Vou insistir que não vamos nos render a nenhum tipo de investigação que seja para desunir o Brasil. Contem comigo para essa união e não para essa desunião”, disse o presidente do Senado.

Em entrevista coletiva, o presidente do Senado disse que vai analisar o pedido “em respeito a todas as iniciativas que existem, ao direito de todo e qualquer brasileiro de pedir”, mas ponderou que terá bastante critério para decidir.

“Sinceramente não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo, como também não antevejo em relação ao presidente da República. O impeachment é algo grave, algo excepcional, de exceção, e que não pode ser banalizado. Mas cumprirei o meu dever de, no momento certo, fazer as decisões que cabem ao presidente do Senado”, disse Pacheco.

“Contenção de ímpeto”

O pedido de impeachment contra o ministro foi protocolado por um funcionário do Palácio do Planalto no final da tarde desta sexta. Bolsonaro pede a destituição de Alexandre de Moraes da condição de ministro do STF e a inabilitação de Moraes para exercício de função pública durante oito anos.

Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente como investigado no inquérito que apura a divulgação de “fake news”.

Para o presidente do Senado, que tem a prerrogativa de decidir sobre o andamento do pedido no Congresso, a “democracia pressupõe diálogo” e “contenção do ímpeto”.

Ele ainda apontou que toda energia dispensada para criar “polêmicas e divisões” fosse utilizada para resolver os problemas da “fome, miséria, desemprego, inflação e do desmatamento da Amazônia”.

“Gostaria que toda essa energia fosse dispensada para isso e que houvesse uma concertação e um objetivo comum de todos nós para enfrentar os verdadeiros problemas do país. E é meu desejo. Continuo tendo, vou manter o diálogo sempre franco e aberto com o presidente da República, com o STF, com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), com o procurador-geral da República, que tem o papel fundamental de tomar as providências necessárias contra todo aquele que atente contra a democracia”, afirmou.

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