Pacheco: instabilidade política afeta câmbio e preço de combustível
O presidente do Senado Federal evitou de apontar culpados e voltou a cobrar “viés social” da Petrobras
atualizado
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Sem apontar culpados, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, nesta sexta-feira (1°/10), que a instabilidade política é um dos principais fatores para o aumento do preço dos combustíveis. Ele também destacou que os chefes dos Poderes devem buscar soluções juntos.
Em entrevista a uma rádio, o parlamentou voltou a cobrar o “viés social” da Petrobras.
“A despeito de se terem culpados em todas as situações, não é hora de buscar culpados. Nós temos que investigar o problema e assumir o compromisso de resolver. Esse é um problema do Congresso Nacional, é um problema meu, é um problema do presidente [da Câmara] Arthur Lira, do presidente [da República] Jair Bolsonaro”, declarou Pacheco à Rádio Gaúcha.
Pacheco falou sobre o resultado da desvalorização do real em relação ao dólar.
“É obvio que estamos vivendo essa situação por conta de instabilidade política e essa instabilidade institucional que acaba gerando problemas no câmbio. Nós temos uma desvalorização do real em 2020 em de 30% em relação ao dólar, o que é alto e isso acaba pressionando diversos setores da economia e também o setor de combustíveis.
E apontou que o Brasil precisa “buscar estabilidade para ter controle do câmbio e, consequentemente, dos combustíveis”.
Pacheco ponderou que a Petrobras, como empresa pública, não deveria buscar apenas o lucro e distribuir dividendos, mas também ter o olhar social.
“Ela tem que gerar lucros evidentemente e tem que distribuir dividendos, mas ter que ter papel social e estabilização dos preços dos combustíveis, porque isso tem função no Brasil para conter a inflação”, disse.
Por fim, o presidente do Senado defendeu a aprovação da proposta de reforma tributário que tramita no Congresso, que visa a unificação de impostos.