Pacheco diz que “não admitirá retrocesso” no estado democrático
O presidente do Senado afirmou que as Forças Armadas não contribuirão para uma possível ruptura institucional
atualizado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não admitirá qualquer retrocesso no sistema democrático nas manifestações em 7 de Setembro. Ele cancelou a participação em um evento em Viena, na Áustria, para monitorar os atos em Brasília. A declaração foi dada ao jornal O Globo.
“Nós não admitiremos qualquer retrocesso, e tenho certeza de que também esse será o papel das Forças Armadas”, disse Pacheco sobre o risco de ruptura institucional.
O democrata classificou como “episódio desnecessário” a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um desfile de blindados em frente à Praça dos Três Poderes.
“São episódios desnecessários, que deveriam ser evitados, especialmente neste momento em que há esses rumores. Mas não faço deles algo mais importante do que verdadeiramente são. O que vale é que temos as Forças Armadas conscientes do seu papel e muito bem comandadas por pessoas que têm esse compromisso com o país e que não se aventurarão em disputas ideológica e política”, continuou.
Pacheco, que na semana passada arquivou pedido de impeachment apresentado pelo chefe do Executivo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também virou alvo de críticas, mas preferiu não apresentar respostas ao titular do Planalto.
“A crítica do presidente da República à decisão de arquivamento do processo de impeachment é natural. Ele teve uma pretensão resistida e indeferida”, complementou.
O presidente do Senado disse, no entanto, que as investidas de Bolsonaro contra o Poder Judiciário dificultam o “processo de pacificação” institucional.