Pacheco defende priorizar vacina e auxílio, e não CPI contra o governo
Uma CPI é para avaliar a conduta do presidente Bolsonaro na crise da Covid-19 é cogitada. Pacheco não disse se existirá ou não a comissão
atualizado
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Durante boa parte da participação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (1º/3), a pergunta sobre uma eventual CPI para avaliar a conduta do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na crise da Covid-19 ressurgia constantemente.
Já a resposta de Pacheco era basicamente com outro questionamento: “É melhor trabalharmos com iniciativa completa em relação à escala de vacinação, auxilio emergencial, ou nos ocuparmos com uma CPI que sequer pode ser implantada e instalada no Senado Federal em razão da pandemia?”.
“Mas eu respeito a iniciativa dos senadores eu avaliarei. Pode ser criada ou não ser criada. No momento certo vamos decidir esse aspecto”, argumentou ainda o chefe do Senado, em relação ao desejo manifestado por alguns parlamentares de abrir uma CPI para investigar a “omissão do governo“.
E toda vez que o assunto era retomado, Pacheco ressaltava que “o maior foco de pressão são as mortes por coronavírus e o auxílio emergencial”. Tanto que o político adiantou que durante esta semana o Senado vai se dedicar inteiramente ao pagamento do benefício e às questões da vacinação.
Sobre se há algum favoritismo em relação ao Planalto, Pacheco reagiu: “A minha obrigação não é ser a base do governo e nem a oposição. A minha posição como presidente do Senado é de independência”.
Pacheco afirmou que não há um prazo para discutir a questão de uma CPI. “O que podemos fazer no parlamento é intermediar uma boa relação entre os poderes. Estamos buscando o que nós no Legislativo podemos fazer nesse momento de crise?”, disse.
Quando perguntado sobre a gestão de Bolsonaro em relação à Covid-19, Pacheco afirmou: “Essa posição do presidente da Repíblica que é atribuída como negacionismo em relação à pandemia é evidente que não concordo com o posicionamento de não usar máscara, ter contato físico ou permitir aglomerações. Eu tenho as minhas posições pessoais em relação a isso”, completou.