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Pacheco defende eleições pacíficas, pede harmonia e “política sã”

Presidente do Congresso Nacional participa de sessão solene destinada a comemorar o Bicentenário da Independência

atualizado

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Marcos Oliveira/Agência Senado
Rodrigo Pacheco, Arthur Lira, Augusto Aras 2
1 de 1 Rodrigo Pacheco, Arthur Lira, Augusto Aras 2 - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a defender, nesta quinta-feira (8/9), que as eleições deste ano ocorram de forma pacífica. Em sessão solene destinada a comemorar o Bicentenário da Independência, o senador afirmou que  “o amplo direito de voto não pode ser exercido com desrespeito, em meio ao discurso de ódio, com violência ou intolerância em face dos desiguais”.

Ainda em seu discurso, Pacheco afirmou que o país precisa buscar a “sã política” e “harmonização”. “Nós, congressistas, devemos nos inspirar nesse exemplo. Promover a harmonização política. Aprimorar o modelo econômico, fazendo reformas que visem à prosperidade dos cidadãos. Almejar a fraternidade e a solidariedade social”, disse.

Convidado para o evento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou que não compareceria à sessão solene nesta manhã. A ausência do chefe do Executivo na cerimônia ocorre depois que os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiram não participar do desfile do 7 de Setembro, quando apoiadores foram convocados pelo chefe do Executivo.

Sessão solene

O evento conta com a participação de autoridades dos Três Poderes, entre elas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, além dos ex-presidentes da República Michel Temer (MDB) e José Sarney.

Além do atual chefe do Executivo nacional, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) também não foram ao evento.

O plenário ainda recebe comitivas de Cabo Verde, Guiné Bissau e Moçambique – todos os países são ex-colônias portuguesas e só tiveram a independência reconhecida um século e meio depois, na década de 1970.

Confira a programação: 

  • 8h – chegada dos militares que participarão da formação externa da cerimônia;
  • 8h45 – chegada dos presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL);
  • 8h55 – chegada dos chefes de Estado estrangeiros e os ex-presidentes do Brasil;
  • 9h – Café-da-manhã de boas-vindas e abertura da exposição 200 Anos de Cidadania: O Povo e o Parlamento;
  • 10h – Sessão solene no plenário da Câmara, em homenagem ao Bicentenário da Independência
  • 12h – Encerramento da sessão solene.

Atos de Sete de Setembro

A cerimonia do Legislativo será realizada um dia após os atos políticos pró-governo, que pautaram o feriado de 7 de Setembro. Na ocasião, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) lotaram as Esplanada dos Ministérios e trechos de Copacabana (RJ) para acompanhar os desfiles militares e os discursos do mandatário do país.

Em Brasília, pela manhã, Bolsonaro afirmou que a “vontade do povo” se fará presente no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 2 de outubro. Após participar de desfile cívico-militar em comemoração ao Bicentenário da Independência, o chefe do Executivo federal marcou presença em ato político em frente ao Congresso Nacional.

No seu discurso, que durou aproximadamente 15 minutos, o presidente voltou a falar de suposta “luta do bem contra o mal”. Aconselhado pela campanha, o mandatário da República não teceu críticas às urnas eletrônicas nem ao STF, embora tenha citado a Corte.

“Muito feliz em ter ajudado chegar até vocês a verdade. Também ter mostrado para vocês que o conhecimento liberta. Hoje todos sabem quem é o Poder Executivo; todos sabem o que é a Câmara dos Deputados; todos sabem o que é o Senado Federal. E também todos sabem o que é o Supremo Tribunal Federal”, assinalou.

Já em solo carioca, o chefe do Executivo federal subium o tom e mirou o ex-presidente Lula (PT), com quem rivaliza a disputa pelo Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Sem citar o petista nominalmente, o presidente o chamou de “quadrilheiro” e afirmou que “esse tipo de gente tem que ser extirpado da vida pública”.

“Não é apenas voltar à cena do crime. Esse tipo de gente tem que ser chutado da vida pública”, disse, referindo-se à declaração feita durante a manhã, em Brasília, sobre opositores.

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