Otto discute com advogado de Wizard na CPI e chama Polícia Legislativa
O bate-boca ocorreu após Alencar provocar o defensor dizendo que ele estava “corado”, enquanto “Wizard amarelou”
atualizado
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O senador Otto Alencar (PSD-BA) se desentendeu, nesta quarta-feira (30/6), com o advogado de Carlos Wizard, Alberto Zacharias Toron. Mais exaltado, o parlamentar, que presidia temporariamente a sessão destinada ao depoimento do empresário, chegou a sugerir que a Polícia Legislativa o retirasse da sala.
O bate-boca ocorreu após Alencar provocar o defensor, dizendo que ele estava “corado”, enquanto “Wizard amarelou”. Toron tentou responder ao senador, mas foi interrompido pelo parlamentar, e se irritou: “O senhor não pode me ofender. Isso é de uma covardia”.
Otto Alencar reagiu à manifestação do advogado. “Eu vou mandar retirá-lo. Vou chamar a Polícia Legislativa para tirá-lo daqui”, disparou.
Rogério Carvalho (PT-SE) endossou o pedido de Alencar. “O senhor não tem direito a fala, quem comanda a sessão é o presidente”, disse o petista ao defensor do depoente. Em seguida, Eduardo Girão (Podemos-CE) saiu em defesa de Toron. “Otto, você fez chacota com o advogado”, enfatizou.
Com os ânimos contidos, o advogado pediu para falar.
“Vossa excelência se referiu a mim de forma jocosa, de forma a me colocar em ridículo e, quando eu quis responder, vossa excelência não permitiu. Estou aqui trabalhando, conheço muitos senadores e tenho o maior respeito por todos. Meu objetivo aqui é calado acompanhar, mas vossa excelência se referiu a mim. Não preciso ofender e muito menos quis ofender o senhor”, declarou.
Veja o vídeo:
O advogado de Carlos Wizard se revoltou após ser chamado de “corado” pelo senador Otto Alencar, disse que o parlamentar agia com covardia e quase foi retirado pela Polícia Legislativa da sala da #CPIdaCovid.
Ânimos se acalmaram após minutos de discussão. pic.twitter.com/MT4if6foXo
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) June 30, 2021
Toron e Alencar conversaram e se entenderam. O advogado chegou a pedir desculpas por não ter entendido a “brincadeira” do parlamentar. E, assim, a sessão continuou, sem que a Polícia Legislativa precisasse agir.
Wizard prestaria depoimento à CPI no último 17 de junho, mas não compareceu à sessão, mesmo com habeas corpus que o autorizava a permanecer em silêncio durante a oitiva.
Os senadores querem saber sobre a participação do empresário no “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 e sobre as negociações de aquisição de vacinas. Wizard, no entanto, recusa-se a responder aos questionamentos.