Osmar Terra: “Se isolamento funcionasse, ninguém morreria em asilo”
Deputado federal presta depoimento à CPI da Covid após ser apontado como membro do “gabinete paralelo”
atualizado
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Em depoimento à CPI da Covid, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) voltou a criticar o isolamento social como medida para frear o contágio pelo novo coronavírus. O emedebista participa de oitiva nesta terça-feira (22/6), como convidado.
Aos senadores Terra disse que, “se isolamento funcionasse, não morreria ninguém em asilo”. “Os asilos foram lugares de maior número de mortes no ano de 2020: 46% das mortes nos Estados Unidos foram em asilos, 80% das mortes no Canadá, 70% da Suécia, que não fechou nada”, defendeu-se.
O parlamentar foi convidado por, supostamente, integrar o “gabinete paralelo”, como é chamado o grupo que assessorava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19.
O deputado, que é médico, se defendeu das previsões erradas sobre a gravidade da crise sanitária. “Sei que vão mostrar um monte de vídeos meus falando das previsões. As previsões que fiz foram baseadas nos fatos que existiam na época, em fevereiro, em março [de 2020]”, disse.
“A China teve um surto completo, começou, subiu, desceu e terminou; tem 4 mil mortos em um país de 1 bilhão de habitantes. Esses números nos levaram à ideia de que não seria um surto tão forte”, continuou.
Terra, que relativizou os imunizantes em outro momento, defendeu, nesta terça, que “vacina é tudo”. “Se existisse vacina desde o início, ninguém estaria defendendo nada, não existiria essa CPI. “Nenhuma pandemia teve vacina desenvolvida a tempo. Esta é a primeira que levou apenas um ano para ter vacina.”
O emedebista também negou ter defendido a tese da imunidade de rebanho por exposição ao vírus. “Não existe nenhuma proposta aqui de deixar a população se contaminar livremente. A imunidade de rebanho é uma consequência, é como terminam todas as pandemias”, assinalou.